Brasileiros deportados: grupos de direita defendem ações de Trump no WhatsApp, aponta relatório

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A deportação de brasileiros que vivem ilegalmente nos Estados Unidos está sendo apoiada por grupos de direita em apps como WhatsApp e Telegram, de acordo com levantamento da Palver, divulgado pela Folha de S.Paulo nesta segunda-feira (3). A medida foi uma das promessas de campanha do presidente Donald Trump.

Em um vídeo compartilhado nas conversas analisadas pela empresa, uma mulher que diz ter ido para os EUA após a primeira eleição do presidente Lula sugere que a maioria dos imigrantes ilegais “são petistas” que ganham em dólar e enviam dinheiro para o Brasil. De acordo com ela, essas pessoas precisam ser deportadas para viver no país liderado pelo político que apoiam.

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Imigrantes ilegais estão sendo deportados dos EUA usando algemas. (Imagem: Pexels)

Na mesma gravação, a mulher pede que Trump deporte apenas “petistas e esquerdistas”, pois os brasileiros não pertencentes a estes grupos estariam gerando lucros para os EUA, embora também sejam ilegais. A autora defende as ações do novo governo americano, alegando que a administração sempre deixou clara a sua postura sobre o assunto.

Já em outro vídeo, os deportados são chamados de “filhotes de Lula” pelo autor, que também os descreve como bandidos perigosos. Isso justificaria o tratamento dado a eles, que estão sendo enviados de volta ao país com o uso de algemas e correntes, na opinião de quem fez a gravação.

Críticas à deportação

Nos grupos de esquerda, os debates a respeito do tema têm uma abordagem diferente, de acordo com a empresa especializada em análise de tendências sociais. Há, principalmente, críticas ao uso de algemas nos imigrantes e aos abusos e maus tratos que as pessoas deportadas estão sofrendo.

Integrantes desses grupos também se mostraram indignados contra outras medidas que estão sendo planejadas por Trump desde a sua volta à Casa Branca. Uma delas é o fim da concessão automática de cidadania para os filhos de imigrantes nascidos nos EUA.

O relatório destaca, ainda, que a estigmatização dos deportados pelos grupos de direita faz parte de um processo de dissonância cognitiva, que ocorre quando alguém busca coerência em suas crenças e ideologias mesmo que a realidade não corresponda aos fatos.

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