- Bom custo-benefício
- Aplicativos exclusivos para as crianças
- Jogos da Disney inclusos
- Tela com boa resposta ao toque
- Sons de boa qualidade
- Desempenho razoável
- Tela com qualidade aquém do esperado
- Pesado para a categoria, principalmente na mão de crianças
O tablet Magic Disney é mais uma aposta da Tectoy para conquistar a criançada deste país. A empresa que já conta com o dispositivo da Galinha Pintadinha e Princesas agora lança a quarta versão do produto, que traz o universo da Disney para mais perto da criançada.
Entre os recursos especiais do produto está a capa protetora super destacante, os aplicativos exclusivos da Disney e o sistema Parent Control, que permite aos pais regularem o acesso das crianças ao aparelho.
Design
O tablet Magic Disney não é nada leve de segurar, principalmente para crianças. O dispositivo pesa 480,90 gramas contra 290 gramas do Nexus 7 (versão WiFi) e 320 gramas do Samsung Galaxy Tab 8.0 (versão WiFi), por exemplo, fazendo dele um dos mais pesados da categoria.
A tampa traseira é feita de um material plástico emborrachado que oferece um aspecto mais elegante ao dispositivo e evita riscos e marcas. Além disso, ele é bastante seguro, evitando que escorregue com facilidade. Já as laterais contam com um material plástico fosco simples.
O produto é muito bem construído, com encaixas sem folga, além de contar com botões e conectores firmes. Ao manusear o aparelho, os botões não são tocados acidentalmente já que eles ficam posicionados na parte inferior, ao invés de ficarem posicionados na borda lateral.
A superfície deixa algumas marcas na tela, mas nada que fuja muito do que acontece com outros dispositivos. O design do aparelho é bem semelhante com o dos seus concorrentes, principalmente no que diz respeito às grandes bordas inferior e superior que, teoricamente, servem para segurar o dispositivo enquanto joga.
O dispositivo tem alguns problemas de design. O cartão SD, por exemplo, fica localizado junto à tampa traseira e sem qualquer tipo de proteção. Além disso, ambas as câmeras ficam posicionadas na parte inferior do dispositivo.
Estranhamente, os botões de volume são apenas virtuais. Ou seja, não existe a possibilidade de você baixar ou aumentar o volume de um vídeo, jogo ou música durante sua execução, a menos que você toque em alguns dos botões de ação virtuais e localize os botões de volume.
Tela
A tela é capacitiva e multitouch (cinco pontos) e apresenta respostas relativamente precisas aos toques. Ela não apresenta nenhuma proteção, como a Gorila Glass, e isso podem facilitar acidentes. Entretanto, o vidro que separa o visor conta com uma distância bem grande, o que pode representar um cuidado com a tela.
Além disso, o aparelho que é destinado às crianças conta com uma capa protetora bastante reforçada, que deve evitar que o dispositivo seja quebrado com facilidade, principalmente a tela, que é um dos itens mais sensíveis.
E mesmo ajustando o brilho em níveis mínimos, o visor continua bem visível, o que é um ponto negativo. O tamanho da tela é ótimo para um tablet intermediário e, combinado com o peso leve do dispositivo, facilita o seu manuseio.
A resolução da tela é WVGA, também conhecida como Wade VGA, ou seja, ela não é muito boa, já que se trata de um aspecto mais antigo e de baixa resolução. É possível perceber isso nitidamente ao pegar o dispositivo, observando os gráficos repletos de detalhes serrilhados.
Além disso, as imagens são pouco nítidas e podem decepcionar devido a baixa fidelidade de cores. Ela também reflete tudo, o que torna bem mais complicado ver conteúdo de imagens sob luz solar.
Isso compromete a maioria das atividades. A leitura de textos, por exemplo, acaba sendo prejudicada mesmo em textos curtos, que devem se tornar cansativos, já que a imagem fica levemente embaçada.
Qualquer tipo de game que exiga mais poder de processamento ou não deverá decepcionar.
Testamos jogos casuais e avançados, como Castle of Illusions, Real Racing 3, Dead Trigger 2, Modern Combat 4 e Asphalt 8, Candy Crush, Cut the Rope 2, Plants vs Zombies, Temple Run e Meu Malvado Favorito e todos eles apresentaram visuais com baixa resolução.
A resolução perde de todos os seus concorrentes, como o Galaxy Tab 8.0, LG Tab 8.0 e do Nexus 7 (ambas Full HD), entre outros.
Aplicativos exclusivos
A Tectoy incluiu alguns aplicativos exclusivos tanto do mundo Disney quanto inspirados nele. Já na tela inicial conferimos alguns destes recursos através de widgets: um deles exibe a hora e o dia enquanto o outro é o principal de todos: o Magic Menu.
O Magic Menu é um portal de acesso a diversos recursos interativos do smartphone, como jogos e aplicativos, trailers, papéis de parede, internet e notícias. Alguns deles são aplicativos mesmo, enquanto outros são apenas atalhos para outras funcionalidades.
O menu Jogos e Apps reúne três jogos pagos da Disney, mas que no tablet são gratuitos: Where’s My Mickey, Monsters University e Temple Run Oz. Além disso, mais dois jogos criados entre a Disney e a Tectoy estão disponíveis: um jogo de memória (Magic Memory) e um jogo de quebra-cabeça (Magic Puzzle).
O Magic Menu ainda conta com os aplicativos Magic Photo, para tirar fotografias, e o Magic Color, para pintar desenhos da Disney. O tabledt ainda conta com a calculadora mágica, uma calculadora mais bonitinha para realizar cálculos e o Magic Diary para fazer anotações.
Um dos principais recursos é o Parent Control, que permite aos pais controlar tudo o que acontece dentro do programa, como bloqueio a programas e às redes sociais, além de monitoramento de atividades.
Você ainda dispõe de um player de vídeo e música padrão, um aplicativo para analisar o WiFi, manual do usuário interno, entre outros programas básicos que já vem junto com o Android. Dentro do Magic Menu você ainda confere trailer de filmes, papéis de parede personalizados, links para sites e notícias, tudo da Disney, claro.
Câmera
A câmera principal do Magic Disney conta com dois megapixels de resolução, ficando bem atrás do Nexus 7 (segunda geração), Galaxy Tab 8, Dell Vanue e LG G Pad (todas com 5 MP) e também do Galaxy Tab 7 (3,5 MP). O dispositivo empata com a do Asus Fonepad (2 MP). A câmera frontal de 0.3 MP só empata com a do Asus Fonepad, que também é VGA.
O aplicativo de câmera padrão não é capaz de filmar vídeos. E não conseguimos fazer isso nem com outro aplicativo que, apesar de gravar, não exibiu o vídeo. É uma desvantagem com relação a todos os outros concorrentes. Além disso, o dispositivo não possui flash, um ponto negativo para fotos noturnas.
A câmera principal se saiu mal em nossos testes, tanto na luz do dia, quanto na luz noturna e em ambientes fechados. A reprodução de cores só foi boa em dias ensolarados. Nos demais, as fotos ficaram aquém do esperado.
Em geral, as imagens ficaram um pouco granuladas. O contraste decepcionou em todos os ambientes, mesmo com muita iluminação. As imagens exibidas em transmissões de videochamadas também revelou-se insatisfatória.
Áudio
A qualidade do áudio externo do Magic Tablet é muito boa. Mesmo no volume máximo, o som não fica distorcido. Outro detalhe muito interessante é que os graves e agudos são bem balanceados, produzindo um ótimo resultado. Além disso, o volume alcança valores razoavelmente altos.
Bateria
Testar a durabilidade da bateria em um aparelho é muito difícil, pois cada aparelho é diferente e utilizado de forma distinta. Entretanto, o dispositivo obteve um resultado um pouco abaixo da média do que seus concorrentes, o que pode fazer diferença na hora de decidir qual tablet comprar.
A bateria é um dos recursos que decepcionaram no dispositivo. Apesar de contar com 3.000 mAh, ela durou um dia de uso moderado, com WiFi ligado e aplicativos, como Facebook, Chrome, Gmail, Netflix e diversos jogos ativos.
Mas para crianças que usam o dia todo com jogos, provavelmente ele não vai aguentar muito tempo, a menos que você limite o tempo em qu e elas poderão usar o dispositivo. E sempre existe a possibilidade de manter o aparelho conectado na tomadas.
Desempenho
O Magic Tablet apresentou um desempenho razoável no dia a dia, sem apresentar engasgos ou travamentos. Não vimos nenhum tipo de falha na abertura ou fechamento de aplicativos, e boa parte dessa performance se deve ao processador dual-core.
Contam pontos positivos também a interface do Android modificada pela Tectoy, que é bastante enxuta. A memória RAM de 1 GB consegue desempenhar bem o seu papel e dificilmente vai ao limite.
Mas o tablet não aguentou alguns jogos pesados que exijam grande capacidade de processamento gráfico. Real Racing 3, por exemplo, além de demorar muito para carregar, apresentou diversos lags durante a corrida.
Entretanto, alguns jogos se deram bem, como é o caso de Dead Trigger 2 e Modern Combat 5. Isso deve ter sido possível graças a uma adaptação do software ao hardware, que reduziu a qualidade dos gráficos em favor do desempenho.
Sistema Operacional
A Tectoy fez apenas leves modificações no Android para criar sua interface, deixando o sistema fluido e rápido. Alguns recursos nem chegaram a ser alterados, como a barra de notificações e de ajustes rápidos, a tela de bloqueio e o menu multitarefas.
Muitos recursos-padrões do Android estão lá e isso é um ponto positivo, já que deixa o sistema operacional muito mais leve. As poucas modificações feitas pela Tectoy geralmente apenas envolvem uma mudança visual em alguns aplicativos, já que a Google obriga as fabricantes a deixarem o sistema diferente do original.
A versão do Android equipado no Magic Tablet é a 4.2 Jelly Bean. Apesar de estar um pouco desatualizada, ela não deve causar nenhum problema para os usuários, sendo incômodo apenas para quem gosta das últimas novidades do sistema do robô.
Preço
O preço médio do Magic Tablet no mercado brasileiro é de 350 reais. Pelo que ele oferece, é possível afirmar que é um custo-benefício mediano, considerando ainda que ele decepciona em alguns quesitos, principalmente por causa de sua tela de baixa qualidade.
É bom salientar que nesta faixa de preço, dificilmente será possível comprar um tablet com qualidade superior. As únicas opções disponíveis talvez sejam produtos com qualidade bastante duvidosa, como é o caso de tablets chineses.
Vale a pena?
O Magic Tablet tem uma tela ruim, mas um hardware decente, além de possuir um preço razoável pelo que oferece, o que faz dele uma opção regular para atividades cotidianas e jogos casuais e intermediários.
O processador dual-core do dispositivo aguenta bem a maioria dos aplicativos que você rodar, sem apresentar engasgos ou lags. Isso deve também ao fato da memória RAM de 1 GB e do sistema operacional modificado pela Tectoy ser bem enxuto e fluido, tornando a navegação muito mais otimizada.
A bateria decepcionou em nossos testes, aguentando um dia em uso bastante moderado sem precisar ser recarregada. A tela não é tão nítida quanto a um display com qualidade HD ou superior e faz feio em atividades como jogar ou realizar leituras, mesmo que curtas.
Se você procura um tablet com uma tela de qualidade muito boa ou pretende usar esse tipo de aparelho para jogos mais pesados, o Tectoy Magic Tablet não é uma boa opção, devido ao GPU fraco e a qualidade abaixo do esperado do visor. Neste caso, é melhor investir em tablets com especificações melhores, como o Nexus 7.
Mas se você pretende deixar um tablet para a criançada, é provável que ela o Magic Tablet agrade bastante. Ele não deve falhar com boa parte dos jogos casuais e proporcionará horas de diversão com seus recursos, além de garantir a vigilância completa através do recurso Parent Control.
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