Recursos de inteligência artificial (IA) estão "acelerando" e "melhorando de forma significativa" ações militares dos Estados Unidos, inclusive em tarefas que resultam na morte de alvos. Quem confirmou a informação foi um representante do próprio Pentágono ao site TechCrunch.
Em entrevista, a chefe do escritório de assuntos digitais e de IA do Pentágono, Radha Plumb, explicou que a tecnologia está tornando uma série processos mais ágeis, precisos e eficientes para "proteger as forças" e "ter respostas mais rápidas de comandantes". Na prática, isso significa também que parte das tarefas antes feitas por humanos agora fica por conta de sistemas automatizados.
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Especificamente, a IA generativa tem participado de etapas como planejamento e produção de estratégias na "cadeia de morte" do Pentágono — ou kill chain no original em inglês, expressão usada para as missões de rastrear e eliminar alvos do sistema de defesa do país.
Nada de controle autônomo
Plumb defende ainda que, apesar de atuar em uma série de processos, essas plataformas não participam em momento algum do controle de equipamentos ou até da tomada de decisão sobre ações.
"Temos sido bem transparentes sobre para que nós vamos e para que nós não vamos usar essa tecnologia", explica. A operação de armas, por exemplo, fica totalmente de fora do alcance das IAs.
"Nós sempre teremos humanos envolvidos na decisão de usar força e isso inclui o nosso sistema bélico", complementa Plumb. Ela, porém, não descartou uma colaboração entre humanos e máquinas, com "líderes sênior fazendo escolhas ativas" durante os processos.
Empresas como Meta, OpenAI (a dona do ChatGPT) e Anthropic, responsável pelo chatbot Claude, já possuem algo tipo de contrato ou uso previso de sistemas de IA por militares e agências de inteligência dos EUA.
Além disso, a Ucrânia confirmou que a tecnologia generativa será empregada em drones para uso em combate, com um treinamento usando dados de combates anteriores.
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