Na última sexta-feira (17), a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) confirmou os primeiros casos do metapneumovírus (hMPV) em humanos em 2025. O caso afetou duas crianças entre um e três anos, mas que não apresentaram sintomas avançados e já receberam alta.
As amostras foram levadas ao Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE) que analisou o material encontrado em duas meninas, uma com um ano e sete meses e outra de três anos e 11 meses, que residem nos municípios de Recife e Jaboatão dos Guararapes, respectivamente. As pacientes deram entrada ao hospital com diarreia, dificuldade respiratória, tosse e febre.
Por mais que esses sejam os primeiros casos em 2025, o estado de Pernambuco já teve incidentes com o metapneumovírus no passado. Os casos mais graves ocorreram em 2016, com 15 ocorrências, e principalmente em 2022, quando 27 pessoas testaram positivo ao hMPV.
hMPV é comum no inverno
Em circulação no Brasil há mais de 20 anos, o metapneumovírus é um vírus respiratório da mesma família do vírus sincicial respiratório (RSV). Identificado pela primeira vez na Holanda, em 2001, o patógeno afeta pessoas de todas as idades com sintomas relativamente leves, como a tosse, febre, congestão nasal e falta de ar.
No entanto, crianças, idosos e indivíduos com sistema imunológico enfraquecido são alvos em potencial. Nesses grupos, há a possibilidade do hMPV desenvolver casos de bronquite ou pneumonia, que podem gerar ainda mais complicações.
Recentemente, o número de casos do vírus na China gerou forte preocupação, mas a Organização Mundial da Saúde descartou uma pandemia, alegando que o país asiático e outros que enfrentam um inverno mais rigoroso têm a tendência no aumento de casos. Mesmo na América do Sul, com temperaturas mais altas, infecções respiratórias tendem a aumentar no inverno.
O metapneumovírus não possui vacina, mas estar em dia com as vacinas da gripe e Covid-19 diminui os riscos de contaminação com o vírus.
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