Pornhub tem centenas de ações judiciais de vídeos de abusos, afirma escritora

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Apesar dos esforços em manter a regularidade da plataforma, o PornHub ainda está inundado de vídeos ilegais. No livro "Takedown", a ativista Laila Mickelwait menciona que há centenas de ações judiciais contra a plataforma que buscam derrubar conteúdo gerado de abusos. As informações são do Business Insider.

Desde 2020, o PornHub é mais rigoroso sobre os vídeos publicados na plataforma. Dentre as normas, a plataforma passou a exigir a apresentação de documentos oficiais de identidade de usuários que publicam ou participam de vídeos.

Depois disso, a plataforma excluiu 80% do conteúdo hospedado no site, mantendo somente aqueles que atendiam aos novos critérios do serviço.

Contudo, isso só aconteceu depois que a mídia expôs várias irregularidades do site. Como consequência, grandes instituições financeiras suspenderam o processo de pagamentos do site, incluindo Mastercard e Visa.

A medida aparentemente não foi suficiente para "limpar" o serviço. Segundo o livro Takedown, há cerca de 300 demandantes exigindo a remoção de vídeos gravados a partir de abusos — e mais queixas aparecem a cada momento.

Atualmente, o Pornhub acumula cerca de 100 milhões de visitas por dia — cerca de 36 bilhões por ano —, segundo estatísticas do próprio site.

Luta nos bastidores pelo fim do Pornhub

Mickelwait, autora do livro e fundadora o fundo Justice Defense Fund, defende o fim do Pornhub na campanha "Traffickinghub". Atualmente, a iniciativa acumula mais de 2,3 milhões de assinaturas.

No livro, que será publicado na próxima terça-feira (23), Michelwait conta todo o processo de investigação e exposição de irregularidades do Pornhub. A história dela começa em 2020, quando vídeos de estupros, abusos e outros crimes hospedados no site foram noticiados.

A ativista menciona que já reportou centenas de vídeos para autoridades e entidades que lutam contra o tráfico humano.

"É essencial trazer justiça para essas vítimas, mas também ser um impedimento para os futuros abusadores", disse Mickelwait ao Business Insider. "Até hoje, o Pornhub é uma cena do crime que precisa ser derrubado e seus donos responsabilizados", continuou.

O Pornhub e sua detentora, Aylo, são acusadas de lucrar com a audiência de vídeos ilegais. Há processos judiciais que se arrastam há quase quatro anos.

Atualmente, a plataforma briga para derrubar a legislação de 19 estados dos Estados Unidos que exige a apresentação de documentos oficiais para confirmar a maioridade. Em protesto contra as restrições, o site bloqueou o acesso de endereços IPs dessas regiões.

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