E se fosse real? A física da Estrela da Morte

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Imagem: Star Wars Databank
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Poucos métodos de destruição em massa povoaram tanto a mente dos amantes de fantasia e ficção científica quanto a Estrela da Morte. Na saga épica de Star Wars, a Estrela da Morte é uma das armas mais icônicas e temíveis do universo fictício criado por George Lucas.

Este colosso tecnológico é capaz de destruir planetas inteiros com um único disparo de seu superlaser. Embora pareça irrealista – e é! – que um simples laser possa causar esse nível de destruição, as leis da física oferecem opções bastante interessantes se quisermos destruir um mundo do tamanho da Terra em segundos com uma única explosão em segundos.

Estrela da Morte do universo de Star Wars.Estrela da Morte do universo de Star Wars.Fonte:  Star Wars Databank 

Em escalas astronômicas, a Terra é um planeta rochoso nada especial em termos de dimensões. Mas para a escala humana, o nosso planeta é um objeto extremamente massivo, com um total de cerca de 6 × 1024 quilogramas de matéria.

A força da gravidade que mantém o planeta coeso é tremenda, e se quisermos destruir um corpo como o nosso, é necessário transmitir uma energia suficiente para superar a energia de ligação gravitacional.

Raio laser destruidor de planetas da Estrela da Morte.Raio laser destruidor de planetas da Estrela da Morte.Fonte:  Star Wars Databank 

E que energia seria essa? Felizmente, como a fama que associa cientistas a nerds procede de fatos, isso já foi calculado: seriam necessários, no mínimo, impressionantes 2 × 1032 joules, ou seja, o número 2 seguido de 32 zeros de joules de energia.

Essa quantidade de energia é equivalente a cerca de um bilhão de bombas de hidrogênio de 1 megaton cada.

Chamar de tarefa hercúlea a produção dessa quantidade de energia em laboratório seria ingenuidade. Atualmente, não há nenhuma tecnologia conhecida que possa gerar energia em tal magnitude de forma controlada, nem mesmo com fusão nuclear, que é a fonte de energia mais potente que conhecemos.

As explosões de laser mais poderosas já criadas na Terra liberam apenas 106 joules de energia, então, se quisermos uma “superarma destruidora”, teríamos que buscar energia no corpo mais poderoso do Sistema Solar: o nosso Sol.

Representação de um instrumento capaz de produzir fusão nuclear.Representação de um instrumento capaz de produzir fusão nuclear.Fonte:  Getty Images 

O Sol é muito mais energético, liberando constantes 4 × 1026 watts de potência. Para destruir um planeta como a Terra, teríamos que aproveitar toda a produção de energia do Sol durante uma semana inteira e, de alguma forma, transformá-la em energia útil para desgrudar os átomos da planeta.

Nossa estrela obtém brilha graças à conversão de matéria em energia: ao fundir o hidrogênio em hélio, cerca de 0,7% da massa de cada átomo de hidrogênio é convertida em energia pura, um processo que converte o equivalente a 4 milhões de toneladas de matéria em energia a cada segundo.

Porém, não daria para colocar essa energia a bordo de espaçonave alguma, uma vez que apenas para contê-la em algum instrumento (evitando o superaquecimento, a expansão e a ignição espontânea), a nave precisaria possuir um milhão de vezes mais energia do que esse valor.

Representação da Terra e Sol fora de escala.Representação da Terra e Sol fora de escala.Fonte:  Getty Images 

Há, entretanto, outra opção que poderíamos nos valer: se pudéssemos transformar cerca de 2,5 trilhões de toneladas da massa terrestre em energia pura, esse valor seria suficiente para destruir o mundo inteiro. Uma maneira “simples” de transformar matéria em energia pura é colidi-la com uma quantidade igual de antimatéria, convertendo a massa de ambas em energia (segundo a famosa expressão E = mc² de Einstein).

Representação de um átomo de hidrogênio e seu antiátomo.Representação de um átomo de hidrogênio e seu antiátomo.Fonte:  Getty Images 

Então, em vez de armazenarmos energia em uma super esfera tecnológica da morte, bastaria criar 2,5 trilhões de toneladas de antimatéria (o equivalente a um asteroide de alguns quilômetros de diâmetro) e colocá-lo no núcleo do planeta. Pronto! A física fará o restante do trabalho.

Embora a humanidade já tenha criado átomos de antimatéria em laboratório com antiprótons no núcleo e pósitrons no lugar de elétrons, obter vastas quantidades de antimatéria é tecnicamente impossível. Felizmente para nós (e outras civilizações alienígenas que porventura existirem), construir uma Estrela da Morte é algo que nem um cientista maluco seria capaz de fazer.

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