Criminosos estão utilizando o ataque Black Box para fazer com que caixas eletrônicos ejetem dinheiro sem deixar evidências físicas do roubo. A nova prática tem se espalhado pela Europa, mas, até o momento, nenhum caso foi reportado no Brasil.
Seu modus operandi é bem similar ao ataque jackpotting, porém nesta técnica os hackers utilizam uma caixa preta. "Apesar de o criminoso ainda necessitar de um dispositivo externo, nesse estágio de nossas investigações parece que o aparelho contém partes de componentes do software dos caixas eletrônicos atacados", alerta a empresa estadunidense de tecnologia financeira e de varejo Diebold Nixdorf.
Como o ataque Black Box funciona?
Os criminosos abrem os caixas eletrônicos com uma chave especial, que pode ser comprada ilegalmente pela internet ou entregue por algum funcionário do banco. Com o caixa em modo supervisor, um aparelho externo é instalado por meio de um cabo USB.
Com esse dispositivo, conhecido como "caixa preta", é possível controlar o saque de dinheiro pelo celular, e o roubo é realizado em questão de minutos. Após retirarem toda a quantia desejada, os hackers abrem novamente o caixa eletrônico e recolhem o equipamento.
Roubos a bancos diminuem no Brasil
Segundo um levantamento divulgado pela Federação Nacional de Bancos (Febraban) em fevereiro deste ano, os ataques a caixas eletrônicos no Brasil reduziram em 45% em 2019.
A tecnologia, que é frequentemente usada por criminosos, também tem sido uma grande aliada dos bancos no combate aos roubos. Estima-se que, anualmente, essas instituições invistam cerca de R$ 19,6 bilhões em Tecnologia da Informação (TI).
"A tecnologia permite que os bancos desenvolvam produtos e serviços que reduzam a necessidade de saques e manuseio de dinheiro nas agências, uma ferramenta importante no combate a crimes contra as instituições financeiras", afirma o diretor setorial de segurança bancária da Febraban, Pedro Oscar Viotto.
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