Você achava que a tensão entre EUA e Coreia do Norte ainda podia piorar? Então você estava certo. Em um artigo opinativo no site do The Wall Street Journal, o conselheiro de Segurança Nacional do governo dos Estados Unidos, Tom Bossert, acusou oficialmente o país asiático de estar por trás do ransomware WannaCry.
Caso você não se lembre, o WannaCry foi um ransomware que deu o que falar em 2017, atingindo várias partes do mundo em maio durante vários dias até ser contido por um hacker e pesquisador. Os pagamentos dos sequestros das máquinas teriam resultado em US$ 140 mil equivalentes em bitcoin — e sacados em um mês em que a criptomoeda ainda não estava tão em alta.
A Coreia do Norte já havia sido ligada ao ciberataque antes por Microsoft, Google e Reino Unido. Porém, essa é a primeira vez em que os EUA "oficializam" a acusação e responsabilizam diretamente o país. É provável que a equipe por trás seja mesmo a Lazarus Group. Ela já havia sido anteriormente conectada ao WannaCry, é ligada ao governo norte-coreano e teria sido responsável também pelos ataques à Sony.
Vai dar ruim?
Segundo o artigo, o ataque custou bilhões de dólares e não teve apenas consequências econômicas, já que sistemas inteiros foram afetados na Europa, como o de planos de saúde. Como consequência, Bossert pede novas e mais rigososas sanções da ONU contra a Coreia do Norte e que "todos os estados responsáveis" se unam para neutralizar a capacidade do país de realizar ciberataques tão danosos. O governo de Kim Jong-Un ainda não respondeu às acusações.
"Não fazemos essas acusações de forma leve. Ela é baseda em provas. E nós não estamos sozinhos em nossas descobertas", diz o artigo. Vale lembrar, entretanto, que o WannaCry só foi possível por conta de uma brecha de uma agência do próprio governo dos EUA, a NSA.
Fontes