Você viajaria em um avião controlado por um robô? Um vídeo postado nesta semana mostra um autômato fazendo as vezes de copiloto e pousando sozinho um avião Boeing 737 durante uma simulação.
Novos exercícios devem ser realizados em aviões pesados reais e sistema pode ser usado em voos comerciais no futuro
O exercício faz parte do programa ALIAS (Aircrew Labor In-Cockpit Automation System ou “Sistema de Automação da Cabine do Piloto”) do DARPA (Defense Advanced Research Projects Agency ou “Agência de Projetos de Pesquisa de Defesa Avançada”). O objetivo é acelerar os avanços na área da robótica para reduzir o trabalho humano, aumentar o desempenho nas missões militares e melhorar a segurança e confiabilidade — afinal de contas, uma máquina não pode ser chantageada ou sofrer de estresse, pelo menos por enquanto.
Os testes foram realizados pela companhia Aurora Flight Sciences, especializada em desenvolver sistemas de viagem aérea não tripulados. A demonstração foi registrada com o instrumento Boeing 737-800NG no John A. Volpe National Transportation Systems Center, em Cambridge, Massachusetts. Confira:
Como funciona
De acordo com o Techxplore, o ALIAS capta a visão do cockpit e usa componentes robóticos para manipular os controles de voo. Uma interface avançada, inspirada nos tablets, roda juntamente com reconhecimento e síntese de fala, assim como algo semelhante a uma máquina de aprendizado.
O uso da máquina de aprendizado permite a transição do sistema para outra aeronave no período de 30 dias
Esta funcionalidade permite a transição do sistema para outra aeronave no período de 30 dias. “O ALIAS é muito mais capaz do que um piloto automático, pois inclui acompanhamento de procedimentos, identificação e resposta de contingência, além de interação inteligente com o piloto a bordo”, explicou Jessica Duda, integrante do projeto na Aurora Flight Sciences.
O autômato realizou o mesmo exercício, com sucesso, em um voo real com um avião leve e o objetivo agora é fazer um exame em um Boeing 737 de verdade. Os fins são militares, entretanto, é bem possível que a tecnologia possa também atender veículos comerciais muito em breve.
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