Final Fantasy 7 Rebirth está bem-otimizado no PC, embora com tropeços - Review

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Quase um ano após sua estreia no PlayStation 5, Final Fantasy VII Rebirth, um dos melhores títulos de 2024 e indicado a GOTY pelo The Game Awards, finalmente está livre das amarras da exclusividade temporária com o console da Sony e chega ao PC em 23 de janeiro. É um momento em que não apenas o jogo estará acessível para um novo público, mas que também será possível extrair o máximo do seu potencial técnico.

Quando o seu antecessor, Final Fantasy VII Remake Intergrade, estreou nos computadores em 2021, o jogo desagradou por uma série de problemas de performance na sua semana de lançamento. Felizmente, a estreia de Rebirth na plataforma demonstra que a Square Enix aprendeu com os erros, entregando um jogo bem-otimizado, compatível até mesmo com o Steam Deck, e com mais margem para a personalização dos usuários — ainda que não esteja livre de imperfeições.

O Voxel teve a oportunidade de experimentar o jogo antecipadamente no Steam, graças a uma chave de acesso fornecida pela publicadora, e conta a seguir como foi a experiência de jogar Final Fantasy VII Rebirth no PC. Caso você queira um texto mais focado no conteúdo do jogo, vale checar o review original na versão de PS5.

Confira:

Configurações mais diretas ao ponto, mas que podem ser motivo de frustração

Caso você, assim como eu, seja o perfil de jogador que prefere utilizar as predefinições gráficas sem quebrar a cabeça com muitos detalhes técnicos, Final Fantasy VII Rebirth cumpre o seu papel e consegue acomodar uma quantidade considerável de máquinas, sem fazer o usuário perder muito tempo. Eu tenho uma máquina que pode ser considerada de custo-benefício (especificações no fim de texto) e consegui rodar o jogo sem problemas no Alto, em qualidade 1080p a 60 FPS.

São três perfis disponíveis (Baixo, Médio e Alto), mexendo em características como resolução de texturas, qualidade dos modelos de personagens, quantidade de NPCs, qualidade do mar, sombras, névoa e até mesmo de modelos em segundo plano, sendo essa a única opção em que é possível ajustar até o Ultra — e notoriamente a que trouxe mais impacto ao desempenho.

Final Fantasy VII Rebirth tem suporte à resolução 4K, 120 FPS e NVIDIA DLSS no PC
Final Fantasy VII Rebirth traz várias regiões abertas para exploração e melhora os sistemas do seu antecessor

Na tentativa de driblar problemas com a resolução dinâmica, que existiam no jogo anterior, também é possível definir um limiar mínimo e máximo no dimensionamento da resolução para manter o desempenho. Não há uma opção para desabilitar, mas, definindo tanto o mínimo quanto o máximo para 100%, o resultado é o mesmo.

Algo que pode ser motivo de frustração, no entanto, é o método de suavização. Há apenas três disponíveis: TAA (Temporal Anti-Aliasing); TAAU (Temporal Anti-Aliasing Upsampling); e o DLSS, a famosa tecnologia de upscaling e antisserilhamento com inteligência artificial da NVIDIA.

Final Fantasy VII Rebirth não permite ajustar o DLSS para qualidade ou desempenho no PC
Final Fantasy VII Rebirth não permite ajustar o DLSS para qualidade ou desempenho no PC

Nos testes, os dois primeiros deixaram a imagem do jogo muito borrada e com ghosting, causando bastante desconforto, enquanto o DLSS, embora consiga entregar visuais mais nítidos, não parece ter sido bem-aplicado e traz muitas imperfeições em objetos mais distantes em um monitor 1080p — principalmente folhagem.

Infelizmente, o jogo não traz a possibilidade de ajustar o DLSS, priorizando qualidade ou desempenho. Por isso, acredito que muitos jogadores que também decidirem rodar o jogo em qualidade 1080p devem se deparar com um resultado abaixo do desejado. Vale lembrar que o jogo também tem suporte à resolução 4K e até 120 FPS.

E o desempenho? Teve engasgos?

Algo que chamou minha atenção desde o início da jogatina foi como o jogo manteve os 60 FPS constantemente e sem os temidos stuttering, os engasgos de desempenho, que acometeram o lançamento do seu antecessor em 2021. Ficou bastante claro como houve um empenho da equipe de desenvolvimento para entregar uma experiência de jogo fluida, seja nas cenas renderizadas em tempo real ou na exploração do mundo aberto.

Isso tudo me deixou bastante otimista para ver o jogo rodando no Steam Deck ou em outras máquinas que estejam um pouco abaixo dos requisitos mínimos divulgados oficialmente. A possibilidade de mudar a quantidade de NPCs na tela também deve ajudar bastante nesse sentido.

Final Fantasy VII Rebirth apresenta desempenho excelente no PC, mas suas configurações ainda são cruas em comparação a outros títulos da plataforma
Final Fantasy VII Rebirth apresenta desempenho excelente no PC, mas suas configurações ainda são cruas em comparação a outros títulos

O maior problema de Final Fantasy VII Rebirth no PC

Embora o desempenho tenha sido extremamente agradável, os testes revelaram que a versão de PC de Final Fantasy VII Rebirth tem um problema sério: pop-ins — fenômeno em que texturas e outros elementos do jogo surgem de repente na tela do jogador porque demoram para carregar. 

Este é um ponto negativo que já existia na versão de PS5, mas que por algum motivo está ainda mais gritante nos computadores — o jogo exige que a instalação seja feita em um SSD. Independente das predefinições de gráficos, era muito comum virar a câmera e flagrar estruturas completas do cenário carregando na tela, em camadas, assim como suas texturas.

Jogando em resolução 1080p, Final Fantasy VII Rebirth traz muitas imperfeições em objetos à longa distância, principalmente vegetação
Jogando em resolução 1080p, Final Fantasy VII Rebirth traz muitas imperfeições em objetos à longa distância com DLSS, principalmente vegetação

Eu fiz vários experimentos com as configurações gráficas nativas e nada foi capaz de resolver esse empecilho. A situação me causou muito estranhamento e é algo que deve incomodar jogadores mais rígidos, pois os pop-ins são muito frequentes. Mais uma vez, vale reforçar que o meu relato é de uma experiência no pré-lançamento e isso pode ser corrigido com alguma atualização.

Vale a pena?

Sem dúvidas, Final Fantasy VII Rebirth é um jogo mais exigente que seu antecessor e muito disso se deve ao seu escopo, que é consideravelmente maior pela riqueza do seu mundo e variedade de conteúdo. Felizmente, a Square Enix entregou um port competente, que não peca em performance e abre caminho para que um público maior mergulhe nesse universo.

Dito isso, ele ainda tem margem para melhorar. Os testes, realizados em resolução 1080p, apontaram como o DLSS traz imperfeições a objetos mais distantes do cenário, principalmente na vegetação, e a falta de opções para ajustar o seu modo para qualidade ou desempenho pode frustrar alguns jogadores — as demais opções de anti-aliasing são piores. Além disso, o jogo apresentou ainda mais pop-ins do que a versão de console, pelo menos no período de pré-lançamento.

Como esses são problemas mais estéticos, que podem ser corrigidos com uma atualização e que não apagam o brilhantismo do jogo, Final Fantasy VII Rebirth chega ao PC como um produto imperdível para todos aqueles que aguardavam ansiosamente pela continuação desta história.

Especificações do PC utilizado nos testes

Para fins de transparência, é importante esclarecer as configurações da máquina utilizada para rodar o jogo. Além disso, os testes aconteceram antes do lançamento de qualquer driver da NVIDIA específico para o FF7 Rebirth — ou seja, a versão instalada era a 566.36, de dezembro de 2024. Confira:

  • Placa-mãe: ASUS TUF GAMING B660M-PLUS D4
  • SO: Windows 11 Pro (10.0.22000);
  • CPU: Intel Core i5-12400F;
  • GPU: NVIDIA GeForce RTX 3060 12 GB VRAM;
  • Monitor: Benq ZOWIE RL LCD;
  • RAM: Kingston Fury Beast DDR4, 3200MHz, 32 GB;
  • SSD: Kingston A400 960 GB.
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