Review: Notebook gamer Razer Blade Pro [vídeo]

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A Razer é especialista em desenvolver periféricos para jogos, mas ela também constrói notebooks de alto desempenho. Desta vez, nós testamos o Razer Blade Pro, um notebook gamer ultrafino que traz um hardware destruidor e uma tela Full HD de 17 polegadas.

Se você não abre mão da portabilidade na hora de jogar, se liga na nossa análise.

Especificações

Aprovado

Design

Notebooks gamer geralmente são grandes e pesados. Isso muitas vezes é necessário para que seja possível incorporar todos os itens de hardware dentro do pequeno espaço disponível. Placa de vídeo, HD extra, mais memória, uma bateria mais poderosa... E tudo isso influencia no tamanho.

O equipamento da Razer é um pouco diferente. A companhia criou um design extremamente compacto e com linhas discretas, algo incomum — mas muito bem-vindo — para uma máquina que carrega um hardware poderoso como esse. O visual moderno e a construção de metal dão um aspecto de solidez ao computador.

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Quem olha o notebook percebe logo a semelhança com um MacBook, com a principal diferença na cor, já que o Blade Pro é preto. A carcaça do notebook é toda em alumínio, desde as bordas do monitor até a parte de baixo do equipamento. E é na parte de baixo que percebemos outra característica: não existe um local para se abrir ou remover a bateria, ou seja, o equipamento é praticamente lacrado.

Todas as portas de conexão ficam localizadas na lateral do notebook: força, HDMI, Ethernet, três portas USB (3.0) e uma saída de som. Não existe um conector P2 para microfone, o que significa que, caso o seu fone de ouvido seja um modelo mais antigo (aqueles com o conector P2 rosa), não poderá ser utilizado com o notebook. Felizmente o equipamento já possui um microfone embutido, o que elimina a obrigação de você adquirir um fone USB separado.

O Razer Blade Pro também não possui leitor óptico, leitor de cartões ou conexão eSATA e muito menos conector VGA. Isso não chega a ser um ponto negativo, uma vez que o objetivo da máquina é servir apenas para jogos, e isso ela faz muito bem.

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

O teclado segue o padrão atual de mercado, com as teclas achatadas e separadas umas das outras. O contato com elas é suave e permite uma digitação sem dificuldades. O teclado também é iluminado, um recurso muito bem-vindo em uma máquina para jogos.

Uma característica interessante do teclado é o formato das letras estampadas nas teclas. A fonte é a mesma utilizada pela marca em todos os seus produtos. Isso pode parecer um simples detalhe, mas mostra como a Razer procurou pensar em todos os detalhes a hora de projetar o Blade Pro.

Sistema de refrigeração

Assim como todos os notebooks ultrafinos, o Razer Blade Pro sofre com a falta de espaço interno para a refrigeração dos componentes. A situação fica ainda mais complicada quando falamos de uma máquina para jogos, que possui um hardware muito mais robusto.

Esse notebook possui dois sistemas principais que precisam de refrigeração, sendo eles processador e a placa de vídeo. A Razer trabalhou com esses componentes de forma inteligente: cada um fica em um canto da carcaça. Desse modo, um não interfere no funcionamento do outro.

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Outro item que ajuda na dissipação de calor é a carcaça de metal. Como todo o corpo do notebook é constituído em alumínio, o calor tende a se espalhar e se dissipar com muito mais facilidade do que se fosse plástico, por exemplo.

Graças a isso, é possível ter uma máquina relativamente silenciosa, mesmo em momentos de uso contínuo. O barulho é perceptível, mas não chega a incomodar.

Razer Switchblade: um painel de controle completo

Um dos itens que mais chama a atenção nesse notebook é a interface Switchblade, uma segunda tela posicionada ao lado do teclado que possui diversas funções interessantes.

É possível utilizar a tela como um touchpad ou para exibir informações diversas, como a sua conta de email, vídeos do YouTube ou até mesmo algo mais simples, como um relógio ou teclado numérico.

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Os 10 botões da interface complementam as funcionalidades da tela e são totalmente personalizáveis, ou seja, é possível programar funções específicas a eles dentro dos jogos. Como cada tecla é uma “minitela”, você pode reorganizar os ícones à vontade.

(Fonte da imagem: Divulgação/Razer)

Para alterar essas configurações, a Razer disponibiliza um software específico que garante a modificação completa da interface, além do download de novos aplicativos compatíveis.

Hardware de ponta

Tudo bem. É importante ter um visual bonito. Mas, como estamos falando de uma máquina para jogos, o que importa mesmo é a beleza interior da máquina. Será que o hardware é capaz de oferecer o que precisamos para atingir as mais altas taxas de quadros por segundo?

Para garantir isso, a Razer não economizou. O processador é um Intel Core i7-4700HQ de 3,4 GHz, já pertencente à família Hasswell, a quarta geração de processadores Core. A CPU possui quatro núcleos físicos, mas oito núcleos lógicos, ou seja: através da tecnologia Hyper Treading, cada núcleo pode executar até duas tarefas simultaneamente.

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

A máquina também possui 8 GB de memória RAM — o que não chega a ser impressionante para os padrões atuais, mas é mais do que suficiente para rodar todos os jogos sem muitos problemas. Para completar o conjunto, o chipset empregado no Razer Blade Pro é o Intel HM87.

Como quase todos os novos processadores Intel Haswell possuem um chip gráfico integrado, essa máquina oferece duas soluções diferentes: o Intel HD Graphics 4600 e a GeForce GTX 765M, que traz 2 GB de memória exclusiva para vídeo e oferece os últimos recursos da NVIDIA para os games.

GeForce GTX 765M e NVIDIA Optimus

A GeForce GTX 765M oferece as mesmas ferramentas que as placas top de linha da NVIDIA para desktops. Isso inclui suporte completo ao DirectX 11, CUDA, 3D Vision e, é claro, o PhysX, que foi desenvolvido para melhorar muito o processamento de física e efeitos especiais nos jogos.

Outro recurso interessante oferecido pela NVIDIA é o Optimus, que funciona assim: quando você precisa de mais potência, o notebook passa a utilizar automaticamente a placa de vídeo externa, a GeForce GTX 765M. Essa troca é feita automaticamente, sem que você perceba que o computador passou a utilizar outro chip gráfico.

(Fonte da imagem: Divulgação/NVIDIA)

O responsável por essa mudança é o NVIDIA Optimus, que seleciona automaticamente e instantaneamente a melhor GPU para a tarefa em execução, trazendo o perfeito equilíbrio entre desempenho e vida útil da bateria.

Funciona assim: quando uma tarefa menos exigente graficamente está em execução, o chip integrado processa as informações, renderiza e envia as imagens para o monitor. Quando você entra em um jogo pesado, por exemplo, a renderização pesada exigida pelo game é passada para a GPU externa, que realiza o processamento das informações e envia para o chip integrado, para que este mande as imagens para o monitor.

Tela

O Razer Blade Pro carrega uma tela de 17 polegadas e resolução Full HD. Aliado a isso, ele possui uma ótima taxa de contraste e um brilho mais que suficiente para garantir a visualização das imagens até mesmo nos ambientes mais claros.

A tecnologia utilizada pela tela não é o IPS, o que significa que ela possui ângulos de visão mais limitados, mas mesmo assim isso não chega a comprometer muito a qualidade de imagem.

Testes de desempenho

Para testar uma máquina como o Razer Blade Pro adequadamente, é preciso executar uma série de testes. Somente deste modo é possível ter certeza de qual é a sua real capacidade. Para fazer isso, nós configuramos a máquina da seguinte maneira: primeiramente, conectamos o computador ao carregador e nos certificamos de alterar o plano de consumo de energia para “alto desempenho”, para garantir que ela possa trabalhar a todo vapor.

Jogos

Executamos os testes de duas maneiras distintas: o primeiro com os jogos configurados para o máximo de qualidade possível. No segundo, os games foram configurados para a qualidade média de detalhes. A resolução utilizada em todos os testes foi Full HD (1920x1080).

Qualidade máxima:

Em quadros por segundo. Quanto mais, melhor.

Qualidade média:

Em quadros por segundo. Quanto mais, melhor.

Valley e Heaven Benchmark

Tanto o Valley quanto o Heaven benchmark utilizam o motor gráfico Unigine para testar os limites do hardware. As duas ferramentas utilizam o que há de mais moderno em termos de tecnologia gráfica, incluindo objetos complexos, efeitos de luz, sombra, partículas e Tessellation.

Em pontos. Quanto mais, melhor.

3DMark

O 3DMark é uma das ferramentas de benchmark mais importantes do mundo. Essa versão possui três tipos de checagens diferentes, sendo que cada uma delas realiza uma bateria de testes distinta, indo desde os mais simples até complexas animações que utilizam os últimos recursos gráficos disponíveis no mercado.

Em pontos. Quanto mais, melhor.

Testes com o monitor

Contraste

Nós testamos o contraste com uma escala de cores. O ideal é que os retângulos mais à esquerda (mais escuros) continuem visíveis e os da direita não se “misturem” uns com os outros no final. A possibilidade de se diferenciar (ou não) com facilidade todos os elementos na escala de cores mostra a qualidade do monitor.

(Fonte da imagem: Reprodução/Lagom LCD Test)

A taxa de contraste do Blade Pro é bastante satisfatória. A alta definição do monitor ajuda a deixar as cores mais vivas e muito mais bem definidas na tela, tanto em cenas mais claras quanto mais escuras.

Tempo de resposta

O tempo de resposta de um monitor é um dos efeitos que mais chama atenção, principalmente em jogos de ação, que trazem uma movimentação muito rápida na tela. Trata-se do tempo que o monitor precisa para trocar de uma imagem para outra. Se esse tempo for muito grande, a transição entre os quadros apresenta “fantasmas”, ou seja, parece se arrastar e não é fluente como deveria.

Apesar de a Razer não informar o tempo de resposta da tela, em nenhum momento percebemos “arrasto” nas imagens — algo que seria injustificável em uma máquina gamer.

Ângulo de visão

Para garantir uma boa qualidade de imagem, é preciso que a tela tenha um ângulo de visão relativamente grande. Caso contrário, um pequeno desvio para o lado pode impedir que as imagens sejam vistas com uma boa definição.

A falta da tecnologia IPS na tela deixa os ângulos de visão relativamente limitados, mas isso não chega a atrapalhar o uso do dispositivo, desde que você se posicione corretamente na frente da tela.

Em ângulos mais abertos, a imagem pode ficar prejudicada. (Fonte da imagem: )

O que percebemos com os testes da tela do Blade Pro é que a Razer desenvolveu um equipamento incrível, mas poderia ter investido um pouco mais na tela. Ao compararmos a qualidade de imagem com outros modelos — como o Avell Titanium B155 — percebemos que, apesar de boa, ela poderia ser um pouco melhor.

Teste de bateria

Para realizar o teste de bateria, nós utilizamos o software Powermark, também desenvolvido pela Futuremark. O software possui três configurações diferentes de uso, e cada uma simula um cenário de uso distinto.

  • Balanced: simula a execução de tarefas corriqueiras como edição de vídeo, navegação na internet, exibição de vídeos e jogos;
  • Productivity: testes mais simples simulando produção de textos, planilhas e navegação na internet;
  • Entertainment: esse é o modo de testes mais pesado, pois simula a exibição de vídeos em alta definição e jogos pesados.

Para realizar os testes, configuramos o brilho da tela para 50% e fechamos todos os aplicativos abertos em segundo plano. A conexão WiFi está ativa, mas não está transferindo dados.

(Fonte da imagem: iStock)

Como essa máquina é destinada aos jogos e entretenimento, executamos o “Balanced”, que realiza diversos testes diferentes na máquina.

O resultado foi de 2 horas e 24 minutos de duração da bateria.

Para completar, também realizamos um teste mais simples, que consiste na reprodução de um vídeo em alta definição até que a bateria se esgote completamente. Nesse cenário, ela aguentou mais de três horas antes de precisar de uma recarga.

É preciso estar ciente de que testes com bateria devem ser considerados apenas como uma base, já que cada equipamento pode trabalhar de forma distinta e realizar tarefas que consomem menos ou mais energia.

Vale a pena?

Escolher um notebook para jogos é sempre uma tarefa delicada, pois o investimento não costuma ser baixo, principalmente aqui no Brasil. Além disso, é preciso considerar o fato de que um notebook dedicado para jogos sempre vai ser mais caro que um desktop, pois a portabilidade e o conforto têm um preço.

A máquina da Razer traz um hardware razoável embalado em uma carcaça de alumínio extremamente elegante e compacta, além de uma série de recursos interessantes. Uma das principais novidades do modelo é a interface Switchblade, que é totalmente programável e certamente fará a diferença na hora dos jogos.

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

O preço da máquina, nos Estados Unidos, é de US$ 2.499 para o modelo de 256 GB — o equipamento testado por nós. Pelo menos por lá, o preço é alto mas justo para o que ele oferece, principalmente devido aos seus diferenciais.

Segundo a Razer, ainda não há data para lançamento no Brasil, mas já é possível encontrar o modelo em algumas lojas por preços que ficam na casa dos R$ 8.500.

Quem puder optar pelo investimento certamente terá uma máquina com uma excelente qualidade, tanto em termos de visual quanto desempenho, já que o Blade Pro deve ser capaz de dar conta dos próximos lançamentos por pelo menos mais uns dois anos.

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