De acordo com o DigiTimes, a Samsung vai pular etapas e decidiu não investir na produção de chips de 4 nanômetros – indo de 5 nanômetros direto para 3 nanômetros –, seguindo uma abordagem diferente da concorrente TSMC, que pretende concluir sua linha de chips N4 até o final de 2023.
Em agosto, espera-se que a gigante sul-coreana dê início à produção em massa dos novos chips com 5 nanômetros, e é possível que o primeiro deles, o Exynos 992, seja encontrado no Galaxy Note 20. Em paralelo, a TSMC possui três opções com a mesma tecnologia já prontos para lançamento. Apesar de a gigante sul-coreana se manter competitiva em capacidade de manufatura, fica atrás em termos de progressão – o que explicaria a decisão.
De qualquer forma, a TSMC não está parada nessa questão e dedicou um investimento de US$ 20 bilhões para sua unidade de produção de chips de 3 nm, que deve estar operacional até 2022.
Decisão pode ter a ver com crescimento da TSMC.Fonte: Reprodução
Concorrência acirrada
Os movimentos do mercado, claro, influenciam diretamente nessas questões. A TSMC já tem vendas garantidas para a Apple, a Qualcomm e a Huawei. Ainda assim, a Qualcomm encomendou chips de 5 nanômetros da própria Samsung para complementar o modem Snapdragon X60 5G – o que não significa exclusividade, uma vez que os pedidos foram distribuídos pelas concorrentes para minimizar riscos de atrasos e melhorar preços.
Ao que tudo indica, a produção de chips de 5 nanômetros da Samsung será mantida durante 2021, ano que está previsto o lançamento do Exynos 1000. Afinal, rumores sugerem que ela tenha investido US$ 8,1 bilhões de dólares em uma nova linha de produção desses equipamentos.
Enquanto, por um lado, pular tecnologias pode permitir a produção de dispositivos aprimorados e mais eficientes, isso pode resultar na perda de diversos pedidos de parceiros potenciais, que verão na TSMC mais opções disponíveis para seus aparelhos.
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