Britânico de 80 anos tenta voltar a enxergar com implante na retina

1 min de leitura
Imagem de: Britânico de 80 anos tenta voltar a enxergar com implante na retina
Avatar do autor

Um britânico de 80 anos foi o primeiro homem a receber um transplante de olho biônico no mundo para corrigir uma patologia relacionada à idade. Raymond Flynn passou por uma cirurgia em Manchester, na Inglaterra, e obteve resultados impressionantes.

O equipamento é chamado de Argus II e tem como objetivo corrigir a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), uma doença que afeta a retina e prejudica ou remove completamente a visão central e a nitidez do olho humano. Ela é uma das causas mais comuns da perda da visão em idosos.

A mácula é uma região que fica no centro da retina, é responsável justamente pela visão central de alta definição (ou seja, a capacidade de "encarar" algo diretamente e conseguir identificar o que aquilo é). A doença deteriora essa região aos poucos e quase não é percebida com o passar dos anos.

Entendendo a revolução

O equipamento funciona a partir da união entre uma série de técnicas. Basicamente, há o implante interno e um equipamento externo que é "vestido" pelo paciente. O implante possui uma série de eletrodos que são embutidos na retina, além de uma bateria e uma antena sem fio. Por fora, um par de óculos com uma câmera frontal e um transmissor via rádio, além de um processador de vídeo que fica no cinto do paciente.

O implante não traz a visão de volta, mas faz com que "trechos" da imagem sejam percebidas.  
A resolução de 60 pixels é o suficiente para que se observe a movimentação de objetos, ver a forma básica de pessoas ou coisas e até ler grandes letreiros. No caso de Ray, ele distinguiu linhas horizontais, verticais e diagonais duas semanas após a cirurgia — algo impensável para ele antes do procedimento. A visão é monocromática por enquanto, mas avanços na área buscam também a percepção de cores.

O Argus II já foi implementado em pacientes com retinite pigmentosa, mas essa é a primeira vez em que outra doença é tratada com o mesmo equipamento. O próximo passo dos pesquisadores e médicos é ajustar as configurações do equipamento para os padrões de visão específicos de Ray, para que o melhor do implante seja extraído.

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.