Não é de hoje que Elon Musk é um figurão bastante preocupado com a robótica e a inteligência artificial – ou, mais exatamente, como isso pode acabar nos exterminando. Nos últimos dias, porém, ele não se limitou a expressar seus temores sobre o assunto (e trocar farpas com outros figurões), mas uniu mais de cem especialistas de ambas as áreas para pedir que as Nações Unidas tomem medidas para lidar com os perigos de armas autônomas.
A ação, segundo o jornal The Telegraph, ocorreu logo após a ONU cancelar e adiar para novembro um encontro entre parte de seus membros, originalmente previsto para hoje (21). Este tinha o intuito de discutir sobre esse tipo de arma, assim chamados de “robôs assassinos”, por sua capacidade de selecionar e enfrentar alvos sem qualquer intervenção humana.
“Armas letais autônomas ameaçam se tornar a terceira revolução na guerra”, afirma a carta que contém a assinatura de ninguém menos do que 116 especialistas em tecnologia; entre eles, nomes como Musk e até Mustafa Suleyman, co-fundador do Google DeepMind. “Essas podem ser armas de terror, armas que déspotas e terroristas usam contra populações inocentes e armas haqueadas para se comportar de maneiras indesejáveis”, continuam eles.
Armas letais autônomas ameaçam se tornar a terceira revolução na guerra
Não há como negar que a preocupação trazida por eles tem base – afinal, equipamentos como esses podem, sim, se tornar incrivelmente letais nas situações citadas. No entanto, muitos também defendem que, no lugar de banir esse tipo de arma, bastaria ter uma maior regulamentação sobre o assunto.
Seja lá como for, o grupo deixa o aviso: “Nós não temos muito para agir. Uma vez que essa caixa de Pandora seja aberta, vai ser difícil de fechá-la.”