O Twitter está perdendo receita após Elon Musk comprar a rede social, de acordo com a postagem feita pelo novo proprietário nesta sexta-feira (4). Ele afirma que pressões de grupos de ativistas, em uma “tentativa de destruir a liberdade de expressão”, levaram alguns anunciantes a suspender os investimentos.
A reclamação do bilionário tem a ver com a interrupção de gastos com anúncios no microblog feita por grandes empresas, entre as quais a General Motors (GM), a Audi e a General Mills. Elas foram aconselhadas pelo Interpublic Group, gigante da publicidade, a pausar os investimentos em meio às incertezas relacionadas à chegada do novo dono do Twitter.
Grupos de direitos civis pediram aos anunciantes da rede do passarinho azul que suspendessem os gastos enquanto Musk não definisse quais caminhos seguir em relação à moderação de conteúdo. Para tranquilizar as marcas, o empresário reafirmou seu compromisso com a segurança da plataforma, afirmando que não a transformará em uma “paisagem infernal”.
Twitter has had a massive drop in revenue, due to activist groups pressuring advertisers, even though nothing has changed with content moderation and we did everything we could to appease the activists.
— Elon Musk (@elonmusk) November 4, 2022
Extremely messed up! They’re trying to destroy free speech in America.
Musk também disse que nenhuma mudança nas políticas de uso foi implantada após a sua chegada. No entanto, publicações com discurso de ódio têm surgido com mais frequência desde a venda do serviço, como relataram veículos de imprensa e organizações que monitoram esse tipo de campanha nas redes sociais.
Cortina de fumaça?
Ao jogar a culpa nos ativistas pela fuga dos assinantes e acusá-los de “ameaçar a liberdade de expressão na América”, Musk estaria apenas buscando uma distração para a onda de demissões no Twitter e de toda a repercussão que a medida pode trazer, de acordo com o The Verge. O encerramento dos contratos deve gerar um grande processo contra a empresa, já que muitos funcionários foram demitidos via e-mail, sem aviso.
Segundo a publicação, o empresário não forneceu evidências de que a perda de anunciantes tenha relação com as reclamações feitas pelos ativistas. Além disso, ele não especificou quanto deixou de faturar com a suspensão das campanhas das marcas.
Pelo menos 50% dos colaboradores da companhia devem ser dispensados neste primeiro momento, fazendo com que aproximadamente 3.700 pessoas fiquem sem emprego, algumas delas no escritório instalado no Brasil. Executivos do alto escalão já haviam perdido seus cargos na semana passada.
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