Selo de verificado do X (ex-Twitter) engana usuários, diz União Europa

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O selo de verificação do X (antigo Twitter) serve para enganar usuários, pontuou um comissário da União Europeia, Thierry Breton. O identificador, antes importante para determinar fontes de informação confiável, agora não tem tanto valor e pode ser ilegal na Europa.

"Antigamente, os tiques azuis costumavam significar que [o perfil] era uma fonte confiável de informação. Agora, no X, nossa avaliação preliminar é que o selo engana usuários e infringem a DSA", disse Breton em publicação no X.

A DSA, ou Digital Services Act ("Lei dos Serviços Digitais", em tradução livre), é um pacote de normas que busca a regulamentação de serviços digitais, incluindo redes sociais. A legislação entrou em vigor em 2022 e se aplica a toda União Europeia a partir de 2024.

"O X tem agora o direito de defesa, mas se nossa opinião for confirmada, iremos impor multas e exigir mudanças significativas", complementou o legislador.

O selo azul mudou muito

Antes de ser adquirido e remodelado por Elon Musk, o Twitter distribuía o blue check somente para perfis relevantes para a sociedade, incluindo políticos, jornalistas, pessoas públicas, organizações e governos. Contudo, tudo mudou em novembro de 2022, quando o selo passou a ser parte das vantagens de assinantes Twitter Blue.

Desde então, qualquer pessoa poderia ter o selo anexado ao nome de usuário, desde que pagasse — no Brasil, o pacote custava R$ 25,90. A liberação da etiqueta gerou tumulto na internet e até interferiu no preço de ações de empresas.

Atualmente, o selo de verificado é parte do X Premium e não é distribuído para qualquer usuário pagante. Além disso, existem outros tipos de verificação que reforçam a autenticidade de contas relevantes, como os selos cinza e dourado.

Em resposta para a publicação de Breton, Elon Musk questionou "Como sabemos que você é real?", sem opinar sobre o assunto.

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