Plan X: o projeto americano que quer dar 'armas cibernéticas' aos soldados

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Ao longo dos séculos, as tecnologias militares avançaram em escalas gigantescas. Cerca de um século atrás, a Primeira Guerra Mundial foi disputada em trincheiras, com soldados equipados com armas de fogo e muita proximidade entre os inimigos. Hoje os disparos podem acontecer a quilômetros de distância e ainda permitem total controle remoto. No futuro, as coisas serão ainda mais cibernéticas.

Pelo menos é para isso que a DARPA — a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa dos Estados Unidos — está encaminhando alguns de seus recursos. Um novo campo de atuação da Agência é o Plan X, que promete colocar soldados em campos de batalhas digitais. Dois dos principais objetivos disso são: tornar tecnologias tão fáceis de utilizar quanto uma pistola e transformar soldados em guerreiros cibernéticos.

É importante dizer que o Plan X não pretende criar avatares robóticos que serão levados até as linhas de frente. O que o projeto propõe é a criação de mecanismos que darão novas possibilidades de interação realmente cibernética, que funcionarão como apoio para os combatentes de infantaria, por exemplo.

Realidade virtual

Uma das possibilidades descritas até agora é a de equipar fuzileiros com hardware capaz de rastrear redes sem fio que possam esconder armadilhas. Dessa forma, os soldados podem localizar sinais inimigos e desarmar algumas bombas ou outros aparatos. A DARPA também diz que o Plan X poderá treinar soldados para rastrear a internet em busca de ataques, como se estivessem realmente nos locais de combate.

Também já foi dito que a DARPA está desenvolvendo softwares para serem utilizados em conjunto com óculos de realidade virtual (como o Oculus Rift) para facilitar a visualização de ameaças digitais em ambientes reais. O grande foco da Agência é “tirar o teclado dos hackers” para que eles ajam com mais inventividade.

Mesmo com tudo o que já foi dito e com as promessas de criar novas formas de interagir com guerras, o Plan X não deve ser testado em situações reais antes de 2017. Vale dizer que o projeto já existe desde 2012 e que já houve um corte de orçamento dele no passado, por isso há grandes chances de que esses prazos sejam prorrogados.

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