Depois de duas tragédias envolvendo as aeronaves 737 Max, uma em outubro de 2018, na Indonésia, com 189 motos, e a outra no último dia 10 de março, na Etiópia, com 157 mortos, a Boeing anunciou o lançamento de atualizações para o manual e o software que controla o sistema de sustentação dos aviões.
Na quarta-feira (27), em Seattle, a Boeing deu detalhes dessas modificações para 200 pilotos e diretores de companhias aéreas.
Para reduzir a probabilidade de falha técnica, o sistema de sustentação vai passar a considerar os dois sensores de ângulo de ataque do 737, e não será acionado se a diferença entre eles for igual ou superior a 5,5 graus. Antes, o sistema de sustentação se baseava na leitura de apenas um sensor. De agora em diante, mesmo nos casos em que o sistema detecte alguma anomalia em relação à inclinação do avião, ele não será ativado automaticamente. Ao invés disso, vai disparar um alarme para que os pilotos decidam o que fazer.
Fonte: Jon Flobrant/Unsplash
Na apresentação de quarta, a Boeing ainda demonstrou como o sistema de sustentação funcionava antes das alterações e como funcionará depois que a atualização for implementada. A empresa também produziu um novo programa de treinamento de 21 dias, pelo qual todos os pilotos do mundo terão que passar, antes de voltar a voar num 737 Max 8.
Não há previsão de quando essas aeronaves vão poder voltar à atividade, pois a Agência Reguladora de Aviação dos EUA ainda precisa aprovar as atualizações, que ainda serão testadas. Depois disso, os pilotos ainda terão que passar pelo treinamento, sem contar que cada agência reguladora de aviação, em cada país, precisará fazer suas próprias análises e, se cabível, novas sugestões e exigências à Boeing.
Ainda sobre as falhas do 737, nesta terça-feira (26), um destes jatos fez um pouso de emergência em Orlando devido a problemas técnicos. Nesta ocasião, ele não transportava passageiros.
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