Os Estados Unidos estão avaliando um possível banimento da TP-Link no país. A tradicional fabricante chinesa é uma das líderes comerciais de roteadores no mercado da região, mas pode virar o mais novo alvo da guerra comercial e política entre as nações.
De acordo com o The Wall Street Journal, investigações já estão em andamento sobre uma possível conexão da TP-Link com ciberataques contra consumidores domésticos a partir de roteadores. A acusação é de que os aparelhos seriam "um risco para a segurança nacional" e o banimento é considerado uma das possíveis soluções.
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Além disso, a fabricante é acusada de não corrigir com agilidade vulnerabilidades frequentes em modelos domésticos, que facilitariam ataques por parte de invasores de origem chinesa. Caso seja confirmada, a proibição da venda começaria a valer em algum momento de 2025, já durante a nova gestão de Donald Trump.
O que diz a empresa
Caso seja confirmada, a proibição da TP-Link seria mais uma da já vasta lista de companhias de tecnologia com origem chinesa atingidas por sanções norte-americanas. Marcas como Huawei e BYD já foram prejudicadas há alguns anos com suspensões ou banimentos, enquanto a ByteDance, dona do TikTok, ainda tenta reverter a suspensão da rede social.
Até mesmo a Kaspersky, de origem russa, teve as atividades proibidas em 2024 no país por motivos similares.
A TP-Link atualmente é dona de 65% do mercado de roteadores domésticos nos Estados Unidos, além de ser uma das líderes em vendas na Amazon nessa categoria. A ação do governo, portanto, poderia alterar radicalmente o cenário desse setor por lá — inicialmente sem prejudicar as atividades em outras regiões onde ela atua, como é o caso do Brasil.
Em nota enviada ao jornal, a TP-Link diz que está aberta a "qualquer oportunidade em interagir com o governo dos EUA e demonstrar que as práticas de segurança estão totalmente de acordo com os padrões da indústria". Além disso, ela garante que vai reforçar "o comprometimento contínuo com o mercado, os consumidores e a resolução de riscos" envolvendo o país.
Fontes