Com a guerra comercial entre EUA e Huawei se intensificando após o decreto do presidente Donald Trump proibindo empresas estadunidenses de fazer negócios com a chinesa, já cansamos de ouvir sobre os impactos que isso terá no software dos aparelhos da fabricante. Agora, o Nikkei Asian Review desmontou um smartphone P30 Pro da marca asiática para que possamos ter uma ideia melhor sobre quantos componentes do celular de ponta vêm da terra do Tio Sam.
De acordo com o veículo, do total de 1.631 peças necessárias para fazer apenas um dispositivo, somente 15 vêm diretamente dos Estados Unidos. Elas incluem itens como a RAM fabricada pela Micron, o painel OLED da BOE e alguns semicondutores de empresas como Skyworks e Qorvo – se você não conhece esses nomes, não precisa se sentir mal. Eu também não conhecia.
Ainda assim, embora a quantidade de peças vindas dos EUA seja menos de 1% do total do smartphone, seu valor é considerável. Estimativas indicam que 16,3% do custo de produção total de cada Huawei P30 Pro servem para pagar os componentes das companhias norte-americanas. Considerando que o volume de aparelhos vendidos pela chinesa é grande o suficiente para que ela seja a segunda maior fabricante de celulares do mundo, o impacto de US$ 11 bilhões estimado para perda dessas vendas para as firmas estadunidenses não parece exagerado.
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