Panorama: os EUA e a espionagem no Brasil

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(Fonte da imagem: Tecmundo/Baixaki)

Recentemente, o governo dos Estados Unidos começou a enfrentar uma situação complicada com os representantes de diversos outros países. O problema é que atividades de espionagem conduzidas pelo Departamento de Defesa dos EUA foram expostas, mostrando que o país do Tio Sam mantém uma vigilância forte em diferentes territórios através da internet.

Isso quer dizer que o governo dos Estados Unidos tem acesso a uma quantidade enorme de informação sobre diversos atos de pessoas em redes sociais e outros sites ao redor do mundo. De acordo com o que foi defendido pelos EUA, o objetivo de tudo isso é desmantelar possíveis ataques terroristas em qualquer país.

Apesar desse atenuante, a situação é bastante delicada, já que as autoridades norte-americanas violaram normas de privacidade — o que é um tanto quanto contraditório em um país que defende os direitos humanos e o respeito entre as pessoas. E é claro que essa espionagem acabou chegando às máquinas brasileiras.

E o que aconteceu por aqui?

(Fonte da imagem: Reprodução/MundoBit)

Assim como você já deve ter imaginado, se o Departamento de Defesa dos EUA teve acesso aos registros das pessoas ao redor de todo o mundo, é natural que brasileiros estejam envolvidos nessa situação de espionagem. Dessa maneira, pode ser que o seu computador ou celular já tenham recebido uma “visitinha” do pessoal do Tio Sam.

Contudo, por aqui, o caso começou a ficar mais grave. De acordo com informações divulgadas por diversos veículos da informação brasileiros e por documentos norte-americanos, os Estados Unidos, um dos maiores parceiros econômicos do Brasil, teve acesso às conversas da presidente Dilma Rousseff com seus assessores, de forma que eles podem ter encontrado informações sigilosas e importantes sobre o país.

Por conta disso, a presidente se encontrou com Barack Obama, presidente dos EUA, e cobrou explicações — no que foi respondida, sendo que Obama se prontificou a ser o responsável pelas investigações sobre o caso. Rousseff também afirmou que uma “investigação” como essa não faz sentido em uma democracia como o Brasil, fazendo com que a única explicação sejam os interesses exclusivamente econômicos dos Estados Unidos.

Toda ação resulta em reação...

Até o momento, Dilma Rousseff já tomou algumas medidas para tentar proteger o Brasil da espionagem norte-americana. O primeiro ato, por assim dizer, foi mais diplomático, já que ela conversou com Obama e exigiu uma investigação. Além disso, a presidente ainda não sabe se vai mesmo realizar uma visita como chefe de estado aos Estados Unidos.

Outro político brasileiro que exige um posicionamento do governo dos EUA é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele afirmou que nenhum país pediu proteção dos Estados Unidos e que a diplomacia não é o caminho correto, já que a espionagem não é diplomática — Lula exige um pedido de desculpas público "e humilde" feito por Obama.

Sim, há medidas práticas

(Fonte da imagem: Reprodução/Info)

Além de tudo isso, o governo brasileiro já começou a agir de maneira mais operacional. De acordo com a presidente, uma das prioridades do momento é aumentar a segurança da comunicação, sendo que, para isso, está utilizando um cabo de fibra ótica próprio para se comunicar com países vizinhos e estimulando o uso de plataformas de email seguras.

Contudo, como o país está há cerca de 100 anos sem se envolver em conflitos armados próprios, algumas dificuldades estão sendo enfrentadas. A maior delas é o fato de que novos aparelhos de comunicação custam caro e não dão a certeza de que as informações estão realmente seguras, já que os Estados Unidos contam com técnicas de espionagem bastante avançadas.

Enquanto isso, os representantes da Google disseram que a companhia não se envolveu em programas de espionagem e que não pretende entrar na discussão entre o Brasil e os Estados Unidos, alegando que essa questão é diplomática. Por conta disso, precisamos esperar os próximos “episódios” para saber como a situação vai se resolver — e a certeza é somente uma: as relações entre governos estão estremecidas.

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