O Ministro da Justiça Sergio Moro acabou figurando em um vídeo deep fake compartilhado na última quarta-feira (19) no Twitter. Anteriormente, em maio, o rosto do presidente Jair Bolsonaro já havia sido colocado no corpo de Chapolin, personagem icônico de um seriado infantil.
Ambos os vídeos utilizaram técnicas de inteligência artificial e foram desenvolvidos por Bruno Sartori, jornalista e editor de mídias digitais em Unaí (MG). Ao TecMundo, Sartori disse que utilizou códigos abertos de machine learning em Python para analisar milhares de imagens dos políticos e codificar em um arquivo. Após as decodificações, acontece a junção de imagens.
Já podemos imaginar o que os vídeos deep fake farão no futuro
Sartori ainda explica que, sobre o vídeo de Moro em específico, o deep fake poderia ter ficado ainda melhor se a máquina tivesse mais tempo para analisar as imagens, mas Sartori decidiu pela publicação rápida por causa dos acontecimentos recentes envolvendo o ministro Sergio Moro — mensagens publicadas pelo The Intercept que supostamente provariam uma interferência do então ministro na Operação Lava Jato.
Vídeos como este são um vislumbre do futuro no que toca cibersegurança: se as fake news [notícias falsas] no WhatsApp e redes sociais, em textos, já costumam “mover montanhas”, é possível imaginar o que os vídeos falsos poderão fazer em breve.
Moro dançando
Comparação com vídeo original
Bolsonaro 'Chapolin'
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