Desde que o mundo é mundo, salvo raríssimas exceções, os motores contam com uma taxa de compressão fixa. A Infiniti, uma das subsidiárias de carros de luxo da Nissan, está querendo virar esse conceito do avesso com seu motor de compressão variável.
Não entende nada de mecânica? Não se preocupe, a lógica por trás do VC-Turbo é bem simples: ao utilizar uma taxa de compressão baixa, a marca consegue extrair mais potência do motor sobrealimentado; por outro lado, se a taxa for alta, o carro poderá ser mais eficiente e econômico.
Através de um sistema complexo, montado dentro do motor, a Infiniti afirma conseguir fazer com que o curso do pistão seja alterado, resultando numa proporção variável na compressão – que vai de 8.0:1 até 14.0:1.
Ao conseguir fazer essa taxa variar em tempo real, você consegue ter um motor que pode ser econômico e potente ao mesmo tempo. De pé leve, o motor funciona com uma proporção mais alta, com força suficiente e queima eficiente de combustível. Ao pisar fundo, essa taxa diminui e permite que mais ar entre na câmara de combustão – serviço feito pelas turbinas –, o que resulta em maior performance.
O resultado de toda essa bruxaria mecânica é um motor de quatro cilindros de até 27% mais eficiente em termos de consumo quando compara a um V6 de potência equivalente – no caso, uma potência por volta de 270 cavalos e 39,8 kgfm de torque.
A aplicação do VC-Turbo é esperada em sedãs e modelos mais compactos da Infiniti, já que SUVs e veículos maiores demandam um pouco mais de potência.
Vale lembrar também que a marca ainda não mostrou a tecnologia em funcionamento. Por isso, se a taxa de compressão variável realmente acontecer, não há qualquer dúvida de que o motor à combustão ganha mais um fôlego antes de sair de cena.
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