Quem já é veterano na compra ou pesquisa de tablets e smartphones sabe que a quantidade de armazenamento interno de um aparelho (seja ela 8 GB, 16 GB, 32 GB e além) nunca é disponibilizada integralmente para o consumidor. Afinal, parte desse espaço é utilizado para guardar o próprio sistema operacional e eventuais apps que o acompanham.
Porém, a organização de direitos do consumidor PROTESTE encara isso de outra forma. Ela anunciou que acionou na Justiça as fabricantes Apple e Samsung por "memória menor" nos celulares e tablets. O problema é que elas estariam mentindo nas especificações técnicas, já que o valor informado nunca é o disponível.
Para reforçar o argumento, a PROTESTE publicou uma série de tabelas que mostram a quantidade declarada de GBs livres, a disponível de verdade e a diferença entre os valores. Se o aparelho aceita ou não cartão de memória é outro fator importante, pois a ausência limita ainda mais o espaço possível. O Galaxy Tab 3 Lite, por exemplo, tem 8 GB vendidos, mas só 4,26 GB sobram para você guardar músicas, apps e arquivos.
Confira abaixo:
O processo foi aberto com base no Código de Defesa do Consumidor e caracteriza a prática como "vício oculto". O curioso é que as outras fabricantes de dispositivos móveis, que realizam a mesma prática de mercado, foram poupadas. Por que será?
De qualquer modo, segundo o grupo, o objetivo é acabar com essa prática. A punição pedida é que as fabricantes paguem "indenização por perdas e danos correspondente ao valor de cada GB de memória livre não entregue". O dinheiro iria para o Fundo criado pela Lei de Ação Civil Pública, capaz de reembolsar ou cobrir perdas e danos de consumidores. Ainda não há previsão para a análise do processo contra as gigantes.
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