Google responde se novo e poderoso processador quântico é capaz de quebrar criptografia

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Após anunciar seu novo super chip quântico nos últimos dias, o Google confirmou que o Willow não é capaz de quebrar técnicas de criptografia modernas. A informação foi confirmada ao site The Verge depois de muita especulação sobre o projeto, considerado um dos modelos mais rápidos do mundo.

Em declaração ao veículo, a COO e diretora do departamento Google Quantum AI, Charina Chou, revelou que o chip Willow “não é capaz de quebrar criptografia moderna”. Um dos motivos para isso é que o modelo não foi desenvolvido para ser um Computador Quântico Criptoanaliticamente Relevante (CRQC), denominação usada pela Casa Branca para se referir a projetos com essa finalidade.

A razão para a falta de capacidade do Willow nessas tarefas é o fato do chip quântico ter apenas 105 qubits (bits quânticos). Segundo Chou, o chip precisaria ter pelo menos 4 milhões de qubits físicos para realizar essas atividades de alto nível, algo que pode levar cerca de 10 anos para acontecer.

O Willow pode reduzir a capacidade de erros à medida que mais qbits são adicionados ao sistema (Imagem: Google/Reprodução)
O Willow pode reduzir a capacidade de erros à medida que mais qubits são adicionados ao sistema (Imagem: Google/Reprodução)

Willow ainda é super poderoso

Mesmo que a informação possa ser um banho de água fria para quem estava ansioso pelo super chip quântico, o Willow ainda é um projeto extremamente potente. Dados do Google apontam que o modelo precisou de apenas cinco minutos para resolver uma equação matemática avançada, enquanto o Frontier, atual computador mais rápido do mundo, levaria dez septilhões de anos.

Com todo esse poder de fogo, os pesquisadores sugerem que o chip equipará supercomputadores com múltiplas funções no futuro. Uma das possíveis aplicações é o treinamento cada vez mais intenso de modelos de IA, além de auxiliar na descoberta de novos medicamentos, e problemas com efeitos tangíveis no cotidiano humano.

Mesmo que o Willow não seja ideal para encriptação, com tantas ameaças cibernéticas em jogo, o desenvolvimento de soluções com essa capacidade se tornarão mais comuns nos próximos anos, ao passo que governos e grandes empresas almejam maior proteção contra ameaças.

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