Uma manifestação de taxistas que são contrários ao uso do aplicativo de motoristas particulares Uber parou o Rio de Janeiro na manhã desta sexta-feira (25). Os manifestantes chegaram até a interditar algumas ruas, como a Avenida Presidente Vargas.
O protesto também atuou como uma carreata, passando por várias regiões do Rio, durando várias horas da manhã. Cerca de 1,5 mil táxis teriam participado, de acordo com o Conselho Regional de Taxistas do Rio.
O grande debate é que os taxistas consideram o Uber um app de "transporte pirata", já que os motoristas cadastrados no app não participam de cooperativas, não convertem os ganhos em impostos e podem tirar o emprego desses profissionais.
Para combater o protesto, o Uber ofereceu corridas de graça e anunciou até a entrega de sorvetes.
Tiro pela culatra
O problema da manifestação é que, se o Uber não for proibido de vez pela legislação brasileira, o efeito do protesto de ontem pode ter sido o oposto. Isso porque a manifestação enfureceu uma série de motoristas que passavam pela região e muita gente que dependia de táxis como meio de transporte ou compromissos urgentes, por exemplo.
Além disso, o Uber ganhou muita publicidade. Na App Store, do iOS, ele ficou em primeiro lugar entre os aplicativos gratuitos mais baixados ontem no Brasil. Anteriormente, ele estava somente na 78ª posição. Na categoria de gratuitos, ele aparece em 15º lugar. Na Google Play, o efeito não parece ter sido tão intenso, mas o número de downloads (mais de 10 milhões) indica o sucesso também na plataforma.
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