Telescópio

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O telescópio, seja um refrator (astronômico) ou refletor (newtoniano), é um instrumento para observar objetos que estão bem longe, como planetas, satélites e estrelas. Mas eles não são todos iguais: cada tipo tem preços e finalidades específicas, como ver com mais nitidez, por exemplo.

A história do telescópio

Não há muito consenso sobre quem foi o inventor do equipamento, já que no século XVII uma patente foi negada devido a boatos da existência de outro aparelho de uso similar. Entretanto, há dois nomes centrais na história: Hans Lippershey e Galileu Galilei.

Em 1608, o ótico holandês Lippershey construiu uma luneta com lentes de óculos – que, até então, eram materiais domésticos comuns. A inovação foi tanta que incentivou outros cientistas a construírem seus próprios equipamentos – o que foi o caso do italiano Galileu Galilei.

Nos dois anos seguintes, Galilei se propôs a criar um outro modelo, com tubos e lentes, que acabou se tornando três vezes mais poderoso. A novidade foi chamada de perspicillum e permitiu a descoberta das crateras da lua, as fases de Vênus e mais.

Telescópios Hubble e James Webb

Com o objetivo de disparar na corrida espacial e saber mais sobre a galáxia, a NASA enviou, em 1990, o telescópio Hubble (HST) a bordo do Ônibus Espacial Discovery.

Esse equipamento é do tipo refletor, tem um espelho de 2,4 metros de diâmetro e, por estar fora da atmosfera (cerca de 600 km da Terra), captura imagens mais nítidas. Com isso, fomos capazes de descobrir algumas coisas sobre o universo em que vivemos, como:

  • Formação e morte de uma estrela;

  • Captura de imagens de mais de 1500 galáxias;

  • Localização de CO2 na superfície de planetas;

  • Identificação de planetas fora do Sistema Solar.

Em meados de 2021, após problemas e reparos, o Hubble voltou à atividade. Entretanto, em dezembro do mesmo ano, foi lançado o James Webb (JWST) para observar pontos ainda mais distantes da galáxia.

O novo equipamento tem um conjunto de espelhos hexagonais com cerca de 6 metros de diâmetro e permanece a 1,5 milhões de quilômetros da superfície terrestre, no chamado Ponto de Lagrange L2.

O que são os telescópios astronômicos ou refratores

Também chamados de “astronômicos” e “lunetas”, os refratores usam um conjunto de lentes que captam e decompõem a luz para, em seguida, focalizar a imagem e aumentá-la.

O fenômeno de decomposição da luz se chama “refração” – daí o nome “refrator”. Graças a ele, quem usa esse tipo de equipamento nota manchas coloridas durante a observação, que é a chamada “aberração cromática”.

Para corrigir esse efeito, os fabricantes criam acessórios (como filtros) ou constroem telescópios com distâncias focais maiores – o que acaba sendo um problema para quem busca levar o objeto a outros lugares.

As vantagens de se ter o tipo refrator são:

  • Distâncias focais mais estáveis;

  • Imagens mais fiéis ao objeto real;

  • Baixa manutenção.

Telescópios refletores (ou newtonianos): como funcionam?

Já os refletores (ou newtonianos) funcionam com espelhos que refletem e focalizam a luz do objeto. A imagem, então, passa por uma lente, tornando-a grande e nítida. Esse tipo é o mais indicado para quem quer observar astros longínquos e pouco iluminados.

Porém, se a sua ideia for usar o telescópio para fins não astronômicos, vale a pena o aviso: a imagem gerada pelo aparelho é invertida, de cabeça para baixo. Para corrigi-la, é necessário adquirir uma lente inversora. Na astronomia, os corpos celestes são simétricos, portanto, esse fato não é relevante.

Confira os pontos positivos em se ter um refletor:

Baixo custo;
Praticidade para levar aos lugares;
Sem distorção de cores.

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