Toda alma adolescente que se preze um dia quis se tornar uma estrela do rock e montar sua própria banda. O problema é que, mesmo depois de conseguir juntar todos os instrumentos e um local para incomodar, sempre faltam integrantes para montar a tradicional formação de bateria-baixo-guitarra-vocal. Bem, se depender do que o pessoal da Intel mostrou na Computex 2018, em Taipei, pelo menos os colegas de banda não serão mais problema em um futuro breve.
Dois avatares tentaram acompanhar o executivo da Intel e um músico profissional em tempo real
Após a apresentação de novas máquinas turbinadas pelo poder dos processadores Intel, o vice-presidente sênior Gregory Bryant sentou-se em um pequeno palco, munido apenas de baquetas, enquanto o músico Kevin Doucette ficou do outro lado, com um teclado em sua frente. Ao fundo, duas figuras humanas energizadas por luzes, a “guitarrista” Ella e o “baixista” Miles.
Em seguida, Bryant começou a tocar bateria “no ar”, enquanto sensores registraram seus movimentos e reproduziram os sons do bumbo, da caixa e dos pratos. A partir daí, Doucette foi acompanhando e os avatares também entraram na brincadeira, a partir das respostas que a inteligência artificial ofereceu enquanto “ouvia” a canção improvisada.
Veja abaixo:
Today I saw an AI band play live onstage. @intel VP @gregorymbryant played an invisible drum kit (and was surprisingly good) and two AI avatars played virtual instruments behind him on a screen. Dammit avatars, how many times do I have to tell you? Watch GB for the changes! pic.twitter.com/N3Gum5I47c
— Claire Reilly (@reillystyley) 5 de junho de 2018
Bem, como dá para notar, falta bastante para que os computadores consigam seguir um artista de verdade em tempo real — ainda mais se houver muita coisa inventada na hora. Sem contar que, claro, nenhuma máquina por enquanto pode reproduzir a atitude rock’n’roll de um bom frontman. Mas, dada à velocidade que a tecnologia evolui, não se assuste se em um futuro próximo os “músicos de apoio” se tornarem seus próximos “colegas de banda virtuais” — até porque, pelo menos com relação à fidelidade sonora, os instrumentos ficaram bem parecidos.
Nada mais foi dito a respeito e nem se há um projeto específico a ser lançado em breve. Só que, como a Intel vem flertando com música e IA já faz um tempinho, pode ser que hajam em breve novidades, inclusive na área do entretenimento — imagine algo como um Rock Band nessa linha.
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