Homem acusado de vender R$ 510 milhões em drogas na dark web é preso nos EUA

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Imagem: Getty Images/Reprodução

Autoridades federais dos Estados Unidos prenderam o responsável pelo “Incognito Market”, plataforma de venda de drogas ilícitas na dark web que teria movimentado pelo menos US$ 100 milhões nos últimos quatro anos, o equivalente a R$ 510 milhões pela cotação atual. A prisão foi anunciada na segunda-feira (20).

De acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, o taiwanês Rui-Siang Lin atuava como uma espécie de CEO do serviço ilegal. Lá, eram comercializados narcóticos como cocaína, heroína, cetamina, LSD, metanfetamina e fentamina, entre inúmeros outros produtos. O negócio funcionava como uma loja online convencional.

Substâncias ilícitas comercializadas pelo Incognito Market.Substâncias ilícitas comercializadas pelo Incognito Market.Fonte:  Departamento de Justiça dos EUA/Divulgação 

Isso significa que o Incognito Market tinha registros de compradores e vendedores, publicidade e até atendimento ao cliente, como encontrado nos marketplaces legais. As pessoas que realizavam vendas na plataforma repassavam 5% de comissão ao jovem de 23 anos, também conhecido como “Faraó”.

Estima-se que a plataforma, que recebia pagamentos em criptomoedas para facilitar o anonimato e funcionou entre outubro de 2020 e março deste ano, contava com mais de 1 mil vendedores e 200 mil clientes globalmente. Todos foram extorquidos por Lin em taxas de US$ 100 a US$ 2 mil, para não terem seus nomes vazados.

Riscos à saúde pública

Medicamentos falsificados também estavam entre os produtos vendidos na plataforma operada na dark web. Durante a investigação, um agente disfarçado adquiriu supostos comprimidos de oxicodona no serviço online cujos testes mostraram se tratar, na verdade, de pílulas de fentanil, aumentando os riscos para a saúde dos usuários.

O “Faraó” das drogas online foi preso no último sábado (18) no Aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, por envolvimento em empreendimento criminoso contínuo. Ele também é acusado de conspiração de narcóticos, lavagem de dinheiro e venda de remédios falsos e com marca errada.

As penalidades cometidas podem render ao taiwanês uma pena mínima de cinco anos de detenção, mas há a possibilidade de ele ser condenado à prisão perpétua. O julgamento de Lin ainda não tem data para acontecer.

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