Spyware Pegasus é encontrado em celulares de jornalistas na França

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Imagem: Pixabay/ Pete Linforth/Reprodução

A Agência Nacional de Segurança de Sistemas de Informação da França (Anssi) identificou vestígios digitais do spyware Pegasus nos celulares de três jornalistas, incluindo um funcionário de alto escalão da France 24, canal de televisão internacional de notícias.

Essa é a primeira vez que uma autoridade oficial confirma as descobertas do consórcio de 17 veículos de comunicação que investigam uma lista vazada de 50 mil números de telefones que seriam alvos de interesse de governos, que são clientes do software israelense de espionagem do NSO Group.

A Anssi também encontrou o Pegasus nos celulares da jornalista Lénaïg Bredoux, e do diretor do site investigativo francês Mediapart, Edwy Plenel. A organização não governamental Forbidden Stories, que faz parte do consórcio internacional, estima que ao menos 180 jornalistas em todo o mundo podem ter sido vigiados por clientes governamentais do NSO.

Espionagem de celulares de jornalistas

Pelo menos 180 jornalistas tiveram celulares vigiados pelo Pegasus. (Fonte: Unsplash/Paul Hanaoka/Reprodução)Pelo menos 180 jornalistas tiveram celulares vigiados pelo Pegasus. (Fonte: Unsplash/Paul Hanaoka/Reprodução)Fonte:  Unsplash/Paul Hanaoka/Reprodução 

O jornalista da France 24 foi vítima do spyware em três momentos distintos, de acordo com investigação da polícia. O jornal Le Monde afirma que o monitoramento ocorreu em maio de 2019, setembro de 2020 e janeiro de 2021.

O diretor do Mediapart declarou ao jornal britânico The Guardian que a confirmação de antigas suspeitas de que eles foram alvos do spyware Pegasus derruba as repetidas negações daqueles que se acredita estarem por trás da tentativa de espioná-los.

A jornalista Bredoux escreveu, em 2015, uma série de artigos sobre Abdellatif Hammouchi, o diretor-geral da inteligência interna marroquina. Ela acredita que a espionagem em seu celular tinha como objetivo descobrir as suas fontes. "O fato de meu telefone poder ser usado para ajudar a atacar esses jornalistas que lutam todos os dias me deixa muito zangada", afirma.

O presidente da França, Emmanuel Macron, o ex-primeiro-ministro Édouard Philippe e 14 ministros em exercício também teriam sido alvos da inteligência marroquina. No entanto, Marrocos rejeitou as acusações e condenou o que chamou de "alegações infundadas e falsas" de que havia usado Pegasus para espionar figuras internacionais de alto perfil.

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