Um adolescente australiano que invadiu servidores da Apple e obteve cerca de 1 terabyte de dados confidenciais da empresa teve seu caso julgado nesta quinta-feira (27) e terá que cumprir oito meses de liberdade condicional. Ele poderia pegar até três anos de cadeia caso fosse condenado à pena máxima em todas as acusações.
Em agosto, quando o caso foi noticiado, acreditava-se que ele teria obtido apenas 90 GB de informações da empresa, mas esse número revelou-se maior após uma investigação policial. As invasões aconteceram entre junho de 2015 e novembro de 2016, ocorrendo novamente em abril de 2017. Como o acusado tinha 16 anos quando o caso começou, ele teve sua identidade protegida de acordo com a lei australiana para jovens infratores.
Segundo o advogado de defesa, tudo começou por causa de uma fascinação do adolescente com a Apple. Ele diz que gostava de invadir os servidores para fingir que era um funcionário da empresa e tinha até mesmo esperanças de que sua habilidade fosse reconhecida na forma de uma proposta de emprego. Para obter acesso à rede da companhia, ele explorou uma VPN que deveria ser acessada apenas por pessoal autorizado.
A Apple percebeu as invasões e notificou a polícia, que rastreou os números de série de dois MacBooks e de um celular utilizados no ataque. Ao acessar o conteúdo guardados nos dispositivos, os policiais encontraram vários dados da companhia guardados em uma pasta chamada ‘Hacky Hack Hack’. Um segundo adolescente também está sendo investigado por ajudar o primeiro a realizar as invasões.
Em comunicado emitido no mês passado, a Apple disse que nenhum dado pessoal de usuários dos serviços da empresa foi comprometido. Embora não tenha conseguido o emprego, o então adolescente foi aprovado recentemente na universidade para estudar criminologia e cibersegurança.
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