Samsung Galaxy Z Flip 3: eu compraria — se custasse menos! (Review)

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Galaxy Z Flip 3: eu compraria um. Pesando bem, não sei, mas eu teria um se tivesse um belo desconto. Fica aí ligado para entender por que eu gostei do dobrável da Samsung.

Prós
  • Proteção IPX8 contra água
  • Design
Contras
  • Bateria
  • Preço

Resumo rápido sobre como é usar um dobrável na vida 

  • Todo mundo vai pedir para mexer;

  • você vai ficar com medo vendo todo mundo brincar com seu celular caro;

  • você não vai sacar ele do bolso em qualquer lugar;

  • no caso do Flip, você vai se sentir no futuro e no passado ao mesmo tempo. Desligar o celular fechando o flip é bem nostálgico para pessoas da minha idade;

  • dá para fazer algumas ações diferentes do celular que não dobra, mas também tem outras que não dá para fazer no dobrável.

Eu vou só relembrar que a proposta do Flip é totalmente diferente do Fold, que é um celular de tamanho “normal” e vira quase um tablet quando está aberto. O Flip tem um tamanho de celular mais comum, uma AMOLED de 6,7 polegadas, que fechado vira um negócio bem fofo e que cabe no bolso, ou seja: Fold é produtividade, Flip é divertido.

Design e hardware

Falando um pouco do design e do hardware, antes não dava pra usar o Z Flip fechado para fazer praticamente nada, porque a telinha de fora era tão minúscula que não era possível ver quase nenhuma informação, mas no Z Flip 3 isso mudou.

A tela externa agora é quatro vezes maior e dá para ver mais detalhes das notificações sem precisar abrir o aparelho, podendo ler a mensagem ou colocando uns widgets para facilitar sua vida. Porém, o que é mais legal mesmo é usar a câmera traseira para fazer selfie sem precisar abrir o Flip e ainda ver uma prévia do enquadramento na tela.

Samsung Galaxy Z Flip 3Fonte: Samsung

Outro ponto de melhoria muito importante é a proteção IPX8 contra água, ou seja, dá para usar o dobrável sem medo de derrubar um copo de água em cima ou tomar uma chuva inesperada e ele morrer. Mas não tem proteção contra partículas mais sólidas, tipo poeira ou areia, tá? Então a praia não é a melhor amiga dele.

Não tenho como falar sobre durabilidade como um todo porque não testei nem perto do suficiente para opinar sobre isso, mas essa dobradiça feita do tal “armour aluminium”, que é mais resistente do que o alumínio comum, não dá uma sensação de fragilidade durante o uso. 

O vinco na dobra da tela ainda está nele e dá para sentir aquela depressão da dobradiça quando você passa o dedo. Achei um problema? Não. É um preço que aceito pagar para ter uma experiência com um dobrável em 2021.

Sobre o desempenho desse aparelho, estamos falando de um Snapdragon 888 da Qualcomm, um processador top de linha que faz muito bem seu trabalho de não deixar nada travar junto dos 8 GB de RAM.

Câmeras

Agora falando das câmeras: não dá para falar que o Z Flip 3 é excepcional, mas o conjunto é bom. A dupla na traseira tem 12 megapixels cada, mas uma é wide e outra ultra-wide. A câmera frontal tem 10 megapixels.

Só que se você quer comprar um celular top de linha por conta das câmeras, o Flip não é a melhor escolha do mercado, com certeza. Com ele, dá para fazer imagens com aquelas cores bem vibrantes, no estilo Samsung, e bem nítidas, além de usar os recursos que a própria fabricante oferece no seu software. 

No final das contas, não tem muita versatilidade nas câmeras, mas é o que falei lá no começo: é possível fazer ótimas selfies usando o conjunto traseiro.

Dobráveis são as novas TVs 3D?

Eu queria aproveitar esse espaço para falar um pouco sobre o futuro dos dobráveis. Algumas pessoas acreditam que os celulares dobráveis são as novas TVs 3D, ou seja, inovadoras e caras, mas que depois de 5 anos ficam esquecidas "no churrasco".

No caso das TVs, isso acontece muito por conta da falta de conteúdo para acompanhar a tecnologia na casa das pessoas, o que a Samsung está tentando sanar com o embarque de mais aplicativos otimizados para a tela que dobra. 

Samsung Galaxy Z Flip 3

Além de algumas parcerias que já tem os apps nativos para esse tipo de celular, com funções bem-específicas, tipo o YouTube, nesse aparelho a gente tem o Labs nas configurações avançadas, que tem recursos experimentais para o usuário.

Então, dá para usar múltiplas janelas em todos os aplicativos ou o modo Flex naqueles que não têm uma aparência personalizada pelo próprio desenvolvedor. Para quem não tá familiarizado, o modo Flex é aquele que mostra um conteúdo na parte superior da tela e alguns controles na parte de baixo quando ele está dobrado na metade.

É com ele que você vai tirar foto ou fazer vídeo usando o próprio celular como “tripé”, vai enxergar melhor a videochamada ou o vídeo no YouTube sem precisar ficar com o celular na mão e assim por diante.

Mas conta aí para mim nos comentários o que você acha sobre o futuro dos dobráveis que eu quero saber.

Samsung Galaxy Z Flip 3

Resumo

Resumindo a ópera: aspectos bons do Galaxy Z Flip 3

  • Ele dobra e fica pequeno. Dá para colocar no bolso ou na pochete.

  • A estética toda dele me agrada bastante.

  • É resistente à água.

  • Tela interna AMOLED muito boa e tem 120 Hz de taxa de atualização.

  • Quatro anos de atualização do Android garantidos.

  • Modo Flex para aproveitar melhor o design dobrável.

O que tem de ruim ou não tão bom assim

  • A bateria de 3,3 mil mAh não aguenta muito o tranco. Se o dia de uso for muito intenso, você vai precisar carregar de novo, e não vem com carregador na caixa, tá? Ele tem suporte para carregamento sem fio também, mas é ainda mais lento do que o cabo, demorando um pouco mais de 1 hora e meia para carregar de 0% a 100%.

  • Precisa de um "treininho" até abrir e fechar o aparelho com uma mão só facilmente.

  • As câmeras são apenas OK.

  • É caro. Ele chegou ao Brasil por R$ 6.999 na versão mais barata, com 128 GB de armazenamento — dobráveis ainda são caros. Além do custo da tecnologia em si, que é inovadora, tem a questão da adoção em massa, que ainda não acontece (e acho que nem vai acontecer) nesses modelos. Deixando o custo no Brasil de lado, o Z Flip 3 foi lançado lá fora como o primeiro dobrável que custa menos de mil dólares, mostrando que a Samsung está se esforçando para “popularizar” (bem entre aspas) seus dobráveis.

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