Operação Lava Jato: BB é investigado por propina em contratos de TI

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A Operação Lava Jato, de acordo com informações divulgadas hoje (02), investiga um suposto pagamento de propinas feito pelo Banco do Brasil. No caso, as propinas eram contratos de fornecimento de softwares e serviços de informática (TI) ao Banco e, somadas, ultrapassam o valor de R$ 150 milhões.

Segundo O Estado de S. Paulo, a Polícia Federal conseguiu documentos que indicam que "uma empresa de fachada" — ela já era acusada de servir para corrupção e lavagem de dinheiro na Petrobrás — fechou contratos recebendo repasses de 10% nos negócios com o branco, como uma comissão, dentro de um período de tempo entre 2008 e 2010.

A Credencial teria recebido valores milionários das empreiteiras

As empresas contratadas pelo Banco do Brasil, no caso, são: Ação Informática Brasil, PBTI Soluções e CTIS Tecnologia, que atuam no país como representantes de desenvolvedoras norte-americanas, como a Oracle Corporation e BMC Softwares.

Por meio da assessoria de imprensa, o BB informou que o Conselho Diretor "determinou a realização imediata de auditoria interna dos principais contratos da área de tecnologia, firmados desde 2008". De acordo com a assessoria, são quatro contratos e um aditivo contratual que estão sob apuração desde junho deste ano.

BB

Começo das investigações

As três empresas foram identificadas pela Polícia Federal após investigação sobre pagamentos feitos por elas para outra companhia, que já estava sendo observada. A companhia em questão é a Credencial Construtora, Representações e Participações — e os donos são acusados na Operação de corrupção em contratos da Petrobrás; os repasses de valores já foram comprovados para o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, que está preso em Curitiba.

"A empresa (Credencial) teria recebido valores milionários das empreiteiras, e ainda de outras empresas, sem que tivesse tido despesas equivalentes ou estrutura aparente para prestar qualquer serviço a elas", informa o Ministério Público Federal explicando o motivo de a Credencial levantar suspeitas. Como citado anteriormente, os donos da credencial, Eduardo Meira e Flavio Macedo, foram presos em maio deste ano na 30° fase da Lava Jato, batizada de Operação Vício.

Em apenas três contratos, os valores giram em R$ 50 milhões, R$ 36 mi e R$ 12 mi

As três empresas que estão sendo investigadas por recebimento de propina do BB — Ação, PBTI, CTIS, — comentaram por meio de executivos, para a Polícia Federal, que apenas prestaram serviços de "intermediação" e "agilização", e o recebimento de dinheiro veio por "comissão", e não "propina".

Em apenas três contratos que a Credencial esteve envolvida, os valores giram em R$ 50 milhões, R$ 36 milhões e R$ 12 milhões. Por meio de advogadas, a Credencial alertou que "não é de fachada" e também "não paga propinas".

Já a Oracle, que é representada nacionalmente pelas empresas envolvidas, comentou que está olhando para essas "alegações de má conduta com seriedade e coopera integralmente com qualquer solicitação de autoridades do governo".

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