O problema que mais se ouve falar quando se trata de veículos elétricos é relacionado às baterias: caras demais, vida útil mais curta que a do carro comum, difíceis de encontrar. Mas, como todo produto tecnológico, também os veículos movidos a eletricidade estão evoluindo - suas baterias hoje custam a metade do que há quatro anos, proporcionando ao mesmo tempo aumento significativo de autonomia.
Um gráfico interativo divulgado pela Agência Internacional de Energia (IEA), órgão que atua como orientadora política de assuntos energéticos para os países membros, mostra como o preço das baterias de lítio vem decrescendo em quase 25 anos.
O custo de um pacote de baterias para carros elétricos caiu quase à metade em quatro anos: se em 2016 ela custava US$ 293,40 por kWh em 2016, em 2019 seu preço já estava em US$ 156/kWh. A tendência puxou os preços dos veículos para baixo, ao mesmo tempo em que, além de mais baratas, davam ao veículo mais autonomia.
"Se a tendência de preço das baterias de íon-lítio continuar, os carros elétricos irão muito além de 'custo competitivo' e se tornarão extremamente baratos, oferecendo ainda custos operacionais muito mais baixos", escreveu em sua coluna no site CleanTechnica o especialista em energia limpa Zachary Shahan.
Melhores e mais baratas
Em setembro, Elon Musk apresentou no Tesla Battery Day os planos da montadora para aumentar a capacidade e a autonomia das baterias, criando do zero uma nova célula para resolver os principais problemas do seu processo de fabricação.
A célula 4680 permite a fabricação de baterias cilíndricas, aumentando a capacidade de energia em cinco vezes e a potência em seis vezes, oferecendo uma autonomia 16% maior.
A Volkswagen, por sua vez, tem assento no conselho consultivo da QuantumScape (a montadora alemã investiu US$ 380 milhões na empresa, que ainda conta com os ex-executivos da Tesla JB Straubel e da SolarCity Brad Buss), que desenvolveu uma bateria com capacidade para chegar a 80% de sua carga em 15 minutos.
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