Acompanhe agora as principais notícias do dia via The BRIEF!
Bebê RenIA
Em 2014, quando a ideia de inteligência geral artificial ainda era marginal e potencialmente prejudicial à carreira, Sam Altman, hoje CEO da OpenAI, iniciou sua jornada para transformar esse conceito em realidade. Convencido do potencial revolucionário, Altman conta que “stalkeou” pessoas que compartilhassem sua visão.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Entre os alvos estava Ilya Sutskever, coautor do revolucionário AlexNet e um dos cientistas mais influentes da área. Segundo Altman, ele perseguiu Sutskever em uma conferência até convencê-lo a jantar e discutir a criação do que viria a se tornar o OpenAI. A colaboração resultou em avanços notáveis, incluindo o lançamento do ChatGPT em 2022 e a transição da organização para um modelo de negócios lucrativo em 2019.
Apesar do sucesso, tensões internas explodiram em 2023, culminando na demissão temporária de Altman, impulsionada por um voto do conselho que incluía o próprio Sutskever. Altman foi reintegrado após protestos dos funcionários, mas Sutskever deixou a OpenAI em 2024 para fundar a Safe Superintelligence, startup dedicada à segurança em IA, que já captou US$ 1 bilhão em investimentos.
Estratégia ou necessidade?
A posse de Donald Trump como 47º presidente dos EUA marca também a surpreendente reaproximação da elite do setor de tecnologia com o político. Nomes como Jeff Bezos (Amazon), Mark Zuckerberg (Meta), Tim Cook (Apple) e - principalmente - Elon Musk (Tesla) estarão presentes na cerimônia, assim como Shou Chew (TikTok), que busca um aliado para salvar sua plataforma no país.
Essa reaproximação ocorre mesmo após anos de tensão entre Trump e alguns desses líderes. Bezos, alvo frequente de ataques do ex-presidente, tenta amenizar a relação, especialmente após intervir para impedir que o Washington Post apoiasse sua rival Kamala Harris nas eleições. Zuckerberg, que enfrentou ameaças de prisão no passado, agora adota uma postura mais do que conciliadora.
A postura pragmática do setor mostra que o cálculo não é apenas financeiro, mas também de sobrevivência. Com Trump novamente no comando, questões como regulamentação, concorrência e a proteção de plataformas se tornam ainda mais cruciais. Para líderes como Bezos e Zuckerberg, o gesto de apoio pode ser menos uma escolha e mais uma forma de garantir um lugar à mesa — e, com isso, alguma influência sobre decisões que moldarão o futuro da tecnologia.
O que esperar da Neuralink em 2025
A evolução da tecnologia de interfaces humano-máquina promete avanços significativos este ano, mas o caminho para um produto comercial ainda é longo. A Neuralink já implantou seu dispositivo em três pacientes, incluindo Noland Arbaugh, que demonstrou controlar um mouse com a mente em uma transmissão ao vivo.
Apesar do progresso, a implantação de novas tecnologias como o robô cirúrgico R1 e a melhoria do software para maior precisão são desafios em aberto. Musk prevê um ritmo acelerado de implantações, com até 30 pacientes este ano, mas a aprovação regulatória e a evolução técnica ainda são barreiras significativas.
Entre as inovações previstas está o controle de dispositivos externos, como braços robóticos, que podem ajudar pessoas com paralisia em tarefas diárias. Outro projeto em destaque é o Blindsight, que busca restaurar visão parcial a cegos através de estímulos elétricos no córtex visual. Apesar do entusiasmo, críticas sobre o tratamento de animais nos testes e o uso da plataforma X por Musk para pressionar reguladores adicionam complexidade ao cenário.
Categorias