O mamute pequenino queria voar e ganha US$ 200 milhões — The BRIEF 16/01

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Adoção lenta

Apesar do hype em torno da inteligência artificial, apenas 25% das empresas já implementaram sistemas de IA em produção, segundo o State of AI Development Report da Vellum. Entre essas, quase um quarto ainda não viu resultados concretos. 

O principal entrave parece ser a dificuldade em identificar casos de uso viáveis, com muitas companhias experimentando IA sem objetivos claros. Curiosamente, o desenvolvimento de IA está se tornando mais colaborativo. Além dos engenheiros (82,3%), executivos, especialistas de produto e até designers estão participando do processo, graças à facilidade de uso de sistemas baseados em linguagem natural.

Tecnologias multimodais também estão em alta, com aplicações que vão além do texto, incluindo imagens, áudio e vídeo. Ainda assim, questões como alucinações de modelos, velocidade e segurança de dados continuam sendo desafios significativos para desenvolvedores, que muitas vezes carecem de ferramentas e expertise técnica para gerenciar sistemas complexos de IA. 

No more Office for you

Anota aí: a partir de 14 de outubro, a Microsoft deixará de oferecer suporte aos aplicativos do Office no Windows 10, alinhando-se ao fim do suporte ao sistema operacional. Apesar de os aplicativos continuarem funcionando, a empresa alerta para possíveis problemas de desempenho e confiabilidade com o tempo. 

Para usuários que dependem do Microsoft 365, a solução será migrar para o Windows 11, já que a companhia posiciona 2025 como o "ano da renovação para PCs com Windows 11". A adoção, no entanto, tem enfrentado desafios, principalmente devido aos requisitos rígidos de hardware, como o Trusted Platform Module (TPM) 2.0. Muitos PCs com Windows 10 não são compatíveis, forçando consumidores e empresas a adquirirem novos dispositivos. 

Além disso, a Microsoft oferecerá pela primeira vez o Extended Security Updates (ESU) para consumidores, com uma extensão de suporte de um ano ao custo de US$ 30. Empresas poderão adquirir até três anos de atualizações estendidas. A estratégia reflete a pressão para acelerar a adoção do Windows 11, enquanto ainda busca atender a usuários que não podem migrar imediatamente.

O mamute pequenino queria voar

A Colossal Biosciences, conhecida pela ambição de trazer de volta espécies extintas como o mamute-lanoso, levantou US$ 200 milhões em sua Série C, alcançando uma impressionante avaliação de US$ 10,2 bilhões. O financiamento, liderado pela TWG Global e por investidores bilionários como Mark Walter e Thomas Tull, ocorre dois anos após a startup ter sido avaliada em US$ 1,5 bilhão. 

Além de reviver o mamute, a empresa trabalha na "desextinção" do tigre-da-tasmânia e do dodô, utilizando tecnologias como edição genética CRISPR e úteros artificiais (o que qualquer pessoa que leu “Jurassic Park” sabe que tem tudo para dar certo). 

Embora sua missão principal seja restaurar a biodiversidade, o verdadeiro atrativo para os investidores está no potencial comercial de suas inovações tecnológicas. A empresa já criou duas spin-offs — uma focada na quebra de plásticos e outra em biologia computacional — e planeja lançar mais três nos próximos anos. Um dos destaques será a tecnologia de úteros artificiais, que pode revolucionar tratamentos de fertilidade.