Oppo oferece garantia de dois anos e não quer ser 'mais do mesmo'; veja a entrevista

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A Oppo é uma das principais fabricantes de celular do mundo. Recentemente, a gigante chinesa chegou ao Brasil com alguns modelos focados em custo-benefício. O TecMundo bateu um papo com Marco Vorrath, diretor de vendas da marca, para falar sobre os diferenciais e estratégias para se aproximar do público e virar a "queridinha" dos brasileiros.

A parceria com varejistas e promotores em pontos físicos é a principal delas. Por ser uma nova opção, não tão conhecida no mercado brasileiro, a ideia é que o consumidor tenha proximidade com o produto ao vivo e consiga conhecer melhor seus diferenciais.

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Marco VorrathMarco Vorrath, diretor de vendas da Oppo.

Além da proximidade, Marco também destaca a presença da Oppo em eventos bastante conhecidos pelo público, como a Fórmula 1 e a Champions League. Isso pode gerar curiosidade e levar o consumidor a entender melhor sobre os smartphones da marca.

Outro ponto importante é a estratégia de estabelecer a Oppo no Brasil, para, então, trazer mais produtos para o país. Apesar de ser um plano de longo prazo, o executivo não descarta a possibilidade, caso exista a demanda.

Vorrath também destaca alguns pontos-chave dos aparelhos, como acabamento premium, parcerias com marcas para aprimorar as câmeras do smartphone e tecnologias de recarga rápida de bateria. Ele também comenta sobre os planos para "frear" o mercado cinza e, ao mesmo tempo, trazer benefícios aos consumidores, como garantia de até dois anos. Confira a entrevista a seguir.

Thayna Cruz: O que a Oppo está oferecendo para os brasileiros? O que a marca tem de diferencial, da Samsung, Xiaomi, que as outras não tem?

Marco Vorrath (Oppo): É um ponto bem difícil, porque hoje a tecnologia está muito democratizada, então, você vê essas marcas que acabam oferecendo muito do mesmo. Mas eu vou partir do macro para o micro. Primeiro que a Oppo oferece uma nova opção, então acho que o mercado tem demandado por opção, por novos players que queiram ser fortes.

E aí, olhando para o DNA da Oppo. A Oppo é uma empresa jovem, de 20 anos, ela olha muito para estética, para a qualidade do produto, do material, acabamento, funcionalidade e performance, então acho que é isso que pode esperar.

[A Oppo] é uma empresa de produto, que tem vários registros de patentes. Por exemplo, quando a gente fala de fast charging, tem uma tecnologia proprietária, o SUPERVOOC, então o cliente pode esperar uma tecnologia que carrega o smartphone ali em poucos minutos. Performance de câmera, qualidade do aparelho, em termos de material, acabamento. Então acho que é isso que a gente oferece como diferencial.

TC: A Oppo é pouco conhecida aqui no Brasil, vocês estão “voltando” agora, mas, queria entender se vocês têm estratégias para o público conhecer a Oppo e a marca virar a “queridinha” do público geral?

MV: Tem muito trabalho para ser feito, né? Passa por comunicação, por mídia, pela nossa estratégia do varejo. Parte da estratégia de execução da Oppo de se fazer conhecida e de que o cliente conheça a marca e que, além da marca, o produto. É uma empresa, como eu falei antes, muito orientada por produto, e conta com isso, com quantidade de lojas, de pontos de venda, porque ele é um ponto de contato, na verdade. É onde a gente vai ter o promotor, e praticamente uma relação um para um, então assim, cada loja que a Oppo cobrir vai ter um promotor exclusivo.

Mas obviamente não é só isso, a Oppo tem lá fora, a gente olha, eu olho muito para fora, a Oppo já ganhou mercado, está mais “madura”, investe muito em mídia out of home, por exemplo, então a gente pode esperar isso também, ter a marca Oppo espalhada nos lugares e tudo mais, além de fazer o trabalho que a gente tem que fazer online.

TC: A Oppo chegou ao Brasil com alguns celulares e fones de ouvido, mas, lá fora a marca tem tablets, roteadores... Tem alguma pretensão de trazer esses produtos a curto e médio prazo?

MV: A curto prazo não, seria uma distração para a nossa estratégia. Acho que a gente já tem muita coisa para fazer, para a marca aprender, ir para o mercado e evoluir. Então, a nossa prioridade aqui é executar e fazer a rampa dos smartphones que a gente está trazendo para cá. Então, como você colocou, a gente tem hoje três modelos, com manufatura local, o A58, o A79 que é um pouco mais intermediário e a gente está na véspera de lançamento do Reno 11F, que vai ser, dentro do portfólio que a gente trouxe para o Brasil, o mais alto.

No curto prazo a gente tem que fazer acontecer bem aquilo que a gente já trouxe para cá. Ou seja, esses modelos de smartphone que começaram a ser produzidos em abril, que a gente começou a vender agora em maio, para o segundo semestre a gente tem quatro lançamentos previstos, então o trabalho número um é esse.

Oppo Reno 11FO Reno 11F é um celular intermediário da Oppo

TC: Você falou também sobre os aparelhos trazidos do mercado cinza, a Oppo, sendo uma das maiores fabricantes do mundo, acaba entrando nesse conjunto?

MV: Olha, acho que todo mundo está exposto ao gray market, todas as fabricantes. O que a gente chama de gray market, mercado cinza ou ilegal, na verdade, vem crescendo e realmente precisa-se tomar algumas ações.

Algumas delas são coisas que estão no nosso controle, por exemplo, não vamos dar assistência técnica para um produto que não foi comprado ou fabricado aqui, por exemplo. Então, se foi comprado ou produzido lá fora, esse produto não vai ter assistência técnica aqui.

E aí, para potencializar isso, respondendo à primeira pergunta, sobre o que a Oppo leva para o consumidor brasileiro, qual diferencial nós temos dos concorrentes, é a garantia de dois anos. A garantia de dois anos interessa em duas coisas: ela me diferencia dos concorrentes, já que hoje eu sou o único fabricante oferecendo essa garantia para o cliente. E ela também pode ser um fator de decisão para quem está, talvez, navegando na internet e vendo um produto que não foi fabricado aqui, ou que não é comercializado aqui legalmente, não vai ter garantia.

TC: Hoje em dia o público foca bastante em câmera, bateria... São coisas essenciais para o dia a dia, e você falou sobre o carregamento rápido. Esse seria o diferencial, o que vocês usariam para chamar a atenção para os celulares? Ou teria algo a mais para destacar?

MV: São esses, além da parte de acabamento de material. Então a gente gosta de colocar no lado a lado, e aí entra também o porquê de tantos promotores da loja física. Quando você pega o produto na mão, sente. E talvez você consiga sentir no tato a diferença de acabamento, peso, etc. Isso acaba sendo uma forma de validar aquilo que a gente propõe.

E a Oppo tem uma parceria com uma super marca de câmera, que é a Hasselblad, ou seja, isso está no DNA da marca. Isso explica um pouco de qual cliente a Oppo conversa.

Quando a gente fala de carregamento, não é simplesmente você colocar “eu carrego o smartphone em 20 ou 30 minutos”, é o que isso significa para você. Significa a tranquilidade, que, você está em uma viagem, e não vai ficar na mão, não vai ficar sem carga. Ficar incomunicável hoje deixa a gente em pânico. Então acho que o valor disso é esse, ter segurança, mobilidade, e é isso que tem que ser comunicado, não é só o “techniquês”.  

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