(Fonte da imagem: Thinkstock)
De acordo com um estudo apresentado por pesquisadores britânicos, embora os períodos em que a Terra esteve mais aquecida coincidam com aqueles de maior biodiversidade no planeta, o ritmo atual do aquecimento global é rápido demais para que o número de novas espécies que possam surgir ultrapasse o daquelas que estão sendo extintas.
Segundo os pesquisadores, para que uma nova forma de vida se origine, são necessários alguns milhares de anos de evolução. Entretanto, esse lento processo não conseguirá acompanhar o atual ritmo de aumento da temperatura do planeta que, além de provocar a extinção de inúmeras espécies, fará com que a biodiversidade, em vez de aumentar como deveria, diminua no longo prazo.
Biodiversidade e aquecimento global
Os pesquisadores avaliaram diversos fósseis de um determinado período geológico — em vez de seguir os métodos convencionais que consideram apenas os dados referentes ao surgimento e extinção das espécies —, trabalhando com animais marinhos invertebrados e temperaturas oceânicas superficiais ao longo de 540 milhões de anos.
As análises apontaram que, enquanto as temperaturas se encontravam mais altas, a biodiversidade também era maior, ocorrendo o contrário quando as temperaturas eram mais baixas. Assim, a variação da temperatura do planeta exerce uma influência direta sobre a biodiversidade, e o ritmo dessa variação pode afetar as formas de vida existentes na Terra.
Por outro lado, contradizendo as previsões dos ecologistas mais pessimistas, o estudo sugere que existe a possibilidade de que, dentro de alguns milhares de anos, o aquecimento global que estamos vivendo na atualidade seja o responsável pelo surgimento de novas espécies. Será?
Fontes: The University of York e SLASH GEAR
Categorias