MIT desenvolve célula capaz de produzir energia a partir do fluído cerebrospinal

1 min de leitura
Imagem de: MIT desenvolve célula capaz de produzir energia a partir do fluído cerebrospinal
Avatar do autor

Células de combustível trabalham a partir da glicose (Fonte da imagem: Reprodução/Extreme Tech)

Em uma de suas mais recentes pesquisas, neuroengenheiros do MIT conseguiram criar uma célula de combustível capaz de produzir energia a partir de algo que é muito conhecido por turbinar a vida dos seres humanos: açúcar. O invento trabalha gerando energia a partir da glicose presente no fluído cerebrospinal, que percorre a medula espinhal e o cérebro.

A produção dessa célula desenvolvida pelos pesquisadores é feita por meio dos tradicionais métodos de fabricação de semicondutores. O material utilizado é basicamente a platina e silício e cada uma tem um papel fundamental no funcionamento da invenção.

A platina, por exemplo, trabalha como um catalizador, tirando os elétrons das moléculas de glicose, da mesma forma que as nossas células (e as de todos os animais aeróbicos) fazem, eliminando os elétrons da glicose com enzimas e oxigênio.

Com isso, as células de combustível de glicose são capazes de produzir centenas de microwatts, o que seria suficiente para acionar computadores complexos. Além disso, a platina também tem a vantagem de ser um material extremamente biocompatível, ou seja, apresenta um nível muito baixo de rejeição por parte do nosso sistema imunológico.

Em contrapartida, a invenção não conta somente com vantagens. Infelizmente, a célula de combustível ainda se apresenta em um tamanho muito avantajado, cerca de 64x64mm, algo muito grande para ser alojado em nosso cérebro.

Qual é a utilidade?

A invenção do MIT pode trazer novas possibilidades para a criação de implantes corporais. Se o fornecimento de energia é um grande limitador para a criação de novas próteses, esse problema seria totalmente contornado. Com ele, segundo o instituto, implantes cerebrais capazes de fazer paralíticos mexerem os braços e pernas podem se tornar viáveis, por exemplo.

Fonte: MIT e Extreme Tech

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.