O bom e velho modo de comprar computadores pode ficar para trás em alguns anos. O motivo está nos novos rumores que dão dicas de que a Intel pode estar prestes a anunciar uma revolução na produção de processadores. Ao contrário do que acontece atualmente — placas-mãe e processadores sendo dois componentes separados —, futuras gerações de chips podem ser vendidos já soldados em placas-mãe.
Se tudo o que está sendo cogitado for confirmado, após o lançamento da arquitetura Haswell — que deve suceder os chips Ivy Bridge —, os processadores da Intel começarão a ser produzidos com suporte para empacotamento no padrão BGA, que exige a soldagem na placa. Com isso, é abandonado o padrão LGA, que permite a alteração de processadores com mais facilidade.
O que isso significa exatamente é que os consumidores terão que comprar placas-mãe e processadores como kits únicos. Por um lado, isso traz muito mais facilidade na montagem dos computadores, mas por outro acaba limitando — e muito — as possibilidades de upgrade dos consumidores.
As consequências para os consumidores
Atualmente, quando você quer trocar de processador, você pode fazê-lo apenas retirando o que está na placa-mãe e adicionando um novo — respeitando as compatibilidades, é claro. Caso o padrão BGA seja realmente colocado em prática, todos serão obrigados a adquirir sistemas fechados, que não permitem os upgrades. A cada troca, tudo deverá ser adquirido novamente.
O LGA pode ficar no passado. (Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)
Em caso de problemas técnicos na placa ou processador, o mesmo ocorrerá. Não será possível reaproveitar um chip de processamento ou uma placa-mãe quando o outro estiver corrompido, pois o sistema soldado não permite a dissolução.
Riscos para a indústria
Há grandes riscos de que as empresas fabricantes de placas-mãe de qualidade inferior desapareçam do mercado. Apenas as homologadas pela própria Intel devem ser integrantes dos sistemas disponíveis para os processadores — isso se a empresa não optar por ser a única distribuidora dos materiais.
Apenas as fabricantes de placas-mãe para sistemas mais potentes devem continuar em operação. Isso acontece porque os processadores high-end (de alto desempenho) devem continuar com o formato LGA em suas estruturas. Isso garantiria upgrades mais constantes, e retirar essa possibilidade seria um tiro que a Intel estaria dando no próprio pé.
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