Massagem, lanches, academia e serviços de lavanderia são algumas das regalias às quais os funcionários da Google têm acesso. Mas, agora, despesas das mais diversas ordens terão de ser justificadas. É que uma nova política de austeridade tem sido incorporada pela “Gigante das Buscas”, que registrou diminuição no aumento de sua receita geral: de 22% em 2012 e 21% em 2013, o resultado do segundo trimestre de 2014 ficou em 19%.
A companhia, que conta com cerca de US$ 70 bilhões em caixa, notou, ainda, um aumento de 22% no último trimestre do ano passado em seus gastos; entre abril e junho de 2015, contudo, o número ficou em 10%. A nova realidade de mercado se dá em função da popularização das plataformas móveis de acesso à internet, que significam um desafio no quesito de geração de receita através de publicidade.
Telas menores acabam por derrubar também os preços dos anúncios da Google – no segundo trimestre deste ano, por exemplo, a queda foi de 11% se levado em conta o mesmo período de 2014. E “disciplina” tem sido o termo usado pelos executivos da empresa quando o assunto é avaliação de custos.
Disciplina
“Trata-se de estabelecer uma lista de prioridades em nossos investimentos e garantir que somos eficientes e efetivos com os gastos”, comenta Ruth Porat, atual diretora financeira da Google. Uma das formas práticas de se aplicar medidas “disciplinadas” está no detalhamento da contratação de novos empregados – em 2014, 2.435 pessoas foram empregadas pela companhia; no primeiro trimestre, “somente” 1.819 novos funcionários foram incorporados.
Despesas relacionadas a viagens, a eventos e a fornecedores, segundo o periódico “Wall Street Journal”, terão também de passar por um processo de “prestação de contas”. Os executivos da Google trabalham junto de outros líderes para “identificar formas de estabelecer prioridades com os recursos e realmente ampliar a disciplina que se é discutida”, como esclarece Porat.
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