O diretor brasileiro Marlon Parente está passando por uma fase ao mesmo tempo boa e ruim no Facebook. Por um lado, seu documentário, "Bichas", foi publicado no YouTube e alcançou um sucesso estrondoso não só entre a comunidade LGBT, mas também como arma de representatividade e discurso.
Por outro, como relata o site JC, o diretor não para encontrar problemas na rede social. Desde a publicação do filme, Parente recebe avisos frequentes de denúncias contra o conteúdo postado na página do filme e em seu próprio perfil. Ele já foi bloqueado por 24 horas (prazo que depois passou para três dias) e agora ficou impossibilitado de interagir no site por uma semana.
Até mesmo integrantes do elenco receberam suspensões parecidas. O motivo do Facebook é sempre o mesmo: ela não segue "os Padrões da comunidade" da rede social. O site ainda alega que a palavra “bichas” poderia ser relacionada com “discursos de ódio”, mas combater isso é justamente um dos propósitos do projeto.
Um dos avisos de punição do Facebook.
O rapaz tem certeza de que ele e o filme viraram alvo de grupos homofóbicos insatisfeitos com a divulgação do documentário. Os ataques não prejudicam só as pessoas envolvidas, mas também o projeto em si: esse tempo de punição poderia ser usado para que Parente e elenco interagissem com outros usuários, algo que agora só é possível por outros canais. O Twitter @bichasdoc é um deles.
Você pode assistir ao documentário por este link.
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