Na quinta-feira (23), o Departamento de Saúde e Higiene Mental da cidade de Nova York, nos EUA, tornou-se a terceira agência de saúde no mundo – depois das autarquias do Reino Unido e Canadá – a oferecer vacinas contra a varíola de macacos, para homens com idades acima de 18 anos, que façam sexo com homens e tiveram parceiros múltiplos ou anônimos nos últimos 14 dias.
Chamada Jynneos, a vacina contra varíola comum, foi solicitada ao Estoque Nacional Estratégico dos EUA especificamente para prevenir os casos de varíola de macacos. Endêmico em 11 países africanos, o vírus da doença se espalhou em maio, e já atinge 41 países, com 3,3 mil casos espalhados pelo mundo.
Em um comunicado à imprensa, a agência novaiorquina explicou que, embora qualquer pessoa possa contrair e espalhar a varíola de macacos, “a maioria dos casos no surto atual está entre gays, bissexuais ou outros homens que fazem sexo com homens”. E alerta que as pessoas desse grupo “podem estar em maior risco de terem sido expostas recentemente".
Casos de varíola de macacos nos países que estão vacinando
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Focar em uma população, ainda que limitante, representa um esforço extra de vacinação contra a varíola de macacos, antes restrita às pessoas com exposição conhecida ao vírus. Até a tarde de quinta-feira (23), a NYC Healthy havia confirmado 30 casos de ortopoxvírus, "que se presume sejam de varíola dos macacos". Nos EUA como um todo, o CDC confirmou mais de 155 casos da doença.
Também na quinta-feira, as autoridades de saúde de Toronto, no Canadá, aproveitaram a proximidade das Marchas de Orgulho LGBT+, realizadas em diversas cidades do país e do mundo no domingo (26), para emitir um alerta sugerindo que homens gays e bissexuais tomem cuidado especial diante da ameaça da varíola. O Canadá havia registrado 210 casos de varíola de macacos na semana passada, enquanto o Reino Unido tinha 800 infectados.
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