Convertendo dados visuais em sons, a NASA revelou uma nova série de sonificações na última quarta-feira (24). Assim, a “música espacial” permite que as pessoas tenham uma experiência totalmente diferente ao observar imagens de galáxias e buracos negros.
As três novas “composições” foram criadas a partir de dados coletados pelo Observatório de Raios-X Chandra e de outros telescópios espaciais da NASA. Então, uma equipe de cientistas teve o apoio do músico Andrew Santaguida para criação do material.
Projeto da NASA converteu o som da Nebulosa Olho de Gato e da Galáxia Redemoinho.Fonte: NASA/Divulgação
A peça Chandra Deep Field South mostra uma visão ampliada do hemisfério sul do céu. Conforme a NASA, essa é a imagem mais profunda já obtida em raios-x e representa mais de sete milhões de segundos do tempo de observação espacial.
Na extremidade mais clara do espectro sonoro, as cores vermelhas apresentam tons mais agudos, as cores roxas têm tons mais graves e as cores brancas carregam o ruído branco. Assim, a sonificação lembra as trilhas sonoras de ficção científica dos anos 1980.
A sonificação da Nebulosa Olho de Gato foi criada a partir de dados do Chandra e do Telescópio Espacial Hubble. Como um radar fazendo varredura, a luz mais longe do centro tem tons mais agudos, enquanto as luzes mais brilhantes atingem notas mais altas.
Para algumas pessoas, a composição lembra a trilha sonora do filme Blade Runner (1982), criada pelo músico grego Vangelis. Curiosamente, o artista compôs o tema de abertura da série Cosmos (1980) apresentada pelo astrofísico Carl Sagan.
A terceira sonificação traduz dados da Galáxia do Redemoinho, também conhecida como Messier 51. Então, o raio é mapeado com notas de uma escala melódica menor e cada comprimento de onda de luz na imagem é atribuído a uma faixa de frequência diferente.
Os poucos 30 segundos da paisagem sonora de Messier 51 trazem bastante tensão. Logo, ela poderia ser encaixada em um filme de terror enquanto o personagem explora um ambiente mal-assombrado.
As técnicas de sonificação de dados já foram usadas para traduzir, por exemplo, o nascer do Sol em Marte e o som do próprio Sol. Anteriormente, informações da sonda Voyager 1 também foram convertidas em “música espacial”.
Como conclusão, esse projeto mostra que a experiência de explorar o Cosmos não precisa ser limitada a recursos visuais. O universo pode ser tão bonito e assustador quando é possível ouvir os sons “emitidos” por ele.
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