Unicamp inaugura manufatura de supercapacitores e baterias

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Imagem: CINE/Reprodução

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) inaugurou, em agosto, a primeira manufatura de supercapacitores e baterias do hemisfério sul, que será capaz de produzir protótipos na escala de “carteiras”, o equivalente a células retangulares com tamanho de 5 x 7 cm.

Nascida de uma parceria entre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e a Shell, a manufatura foi instalada na Faculdade de Engenharia Elétrica e Computação (FEEC-Unicamp), onde o grupo de Armazenamento Avançado de Energia (AES) iniciará, nas próximas semanas, a produção das primeiras baterias de íons de lítio e materiais alternativos (potássio, sódio, zinco).

De acordo com o professor da FEEC-Unicamp Hudson Zanin, que coordena o grupo de pesquisa responsável pelo projeto, a manufatura permitirá passar da produção das “coin cells” (baterias do tamanho de moedas de R$ 1), processo já consolidado, para as células-carteira.

A manufatura permite produzir baterias de 5 x 7 cm.A manufatura permite produzir baterias de 5 x 7 cm.Fonte:  Centro de Inovação em Novas Energias/Reprodução 

Esse tipo de bateria maior possibilita o agrupamento em módulos, tornando o processo escalonável para o uso industrial. Além dos carros elétricos, elas também podem ser utilizadas em sistemas de backup de energia de hospitais e em muitas outras aplicações.

Independência para a indústria nacional

Formada por um parque de equipamentos com custo estimado em R$ 500 mil, a manufatura de supercapacitores e baterias da Unicamp funciona a partir de três conjuntos principais de ações.

As etapas são a produção dos eletrodos, o empilhamento e alinhamento deles, seguidos pelos testes eletroquímicos e de caracterização do material, e, por último, a selagem do dispositivo, em atmosfera isenta de umidade.

Com a iniciativa, a instituição espera proporcionar uma maior independência para a indústria brasileira. “Toda a tecnologia de supercapacitores e baterias de íons de lítio e similares que utilizamos aqui no Brasil é importada. Assim, nossa ideia é, em parceria com a indústria nacional, avançarmos na possibilidade de produzirmos esses dispositivos aqui”, comentou o professor.

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