Testes de gravidez digitais são curiosos dispositivos eletrônicos que são equipados por hardware topo de linha — pelo menos, de várias décadas atrás. Os usuários do Twitter @foone e @xtoff partiram numa investigação sobre o funcionamento desses aparelhos e descobriu que são tão poderosos quanto o computador IBM original de 1981.
Atualmente, os exames de gravidez digitais são facilmente encontrados em grandes lojas do varejo e farmácias nos Estados Unidos, saindo por míseros US$ 5 cada. Dentro deles, segundo os curiosos, estão um processador, memória RAM, uma célula de memória e um pequeno display LCD para apresentar o resultado.
O processador é microcontrolador Holtek de 8 bits, acompanhado por 64 bytes de RAM, chegando a frequências de 4 MHz ou 8 MHz, variando de acordo com a capacidade da bateria. Os números podem parecer simplórios, mas é “provavelmente mais rápido que o IBM PC no processamento de números e na entrada e saída de dados”, segundo foone.
Na parte de traz do teste, ficam visíveis a bateria, a outra face do PCB e uma fita de papel que reage quimicamente com a urina, assim como há no teste convencional. A presença dessa fita reitera que o teste digital não oferece maior precisão ou mais informações que um simples teste de gravidez.
Assim que fica úmido, o papel aciona a bateria e o aparelho é ligado. O dispositivo utiliza três LEDs e sensores de luz fotossensíveis para realizar a leitura sobre o papel e levar este resultado para o display de LCD. Os dados do sensor passam pela memória, são analisados pelo processador e logo são demonstrados.
Na prática, a única diferença dos exames digitais para os convencionais é a claridade das informações. Enquanto exame convencional apresenta resultados em faixas — que eventualmente podem ser confundidas —, o display apresenta o resultado de forma mais legível.
Representação do fluxo de dados do microcontrolador.Fonte: Foone/Reprodução
Roda Doom?
Os perfis também se fizeram esse clássico questionamento, e descobriram que não é possível. O sistema que compõe o exame não é programável; portanto, não é possível inserir dados de um jogo para que ele seja executado.
Por fim, a conclusão dessa investigação é que testes digitais são, de fato, um belo desperdício de plástico e componentes eletrônicos. Por se tratar de um produto descartável e de uso único, assim que demonstrado o resultado, o dispositivo é jogado no lixo e, na maioria das vezes, os componentes não são reaproveitados.
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