Fonte da imagem: Blog oficial do Google
Assim como “A Rede Social”, película baseada na criação do Facebook, este roteiro da vida real também pode dar um filme. A acusação veio da gigante da internet, que afirma o uso de seu buscador para melhorar as buscas do Bing, da concorrente Microsoft.
De acordo com o blog oficial do Google, o Bing copia os dados de buscas de sua ferramenta por meio de coleta de dados com o navegador Internet Explorer (em computadores que tenham a barra de pesquisa Bing e a opção de sites sugeridos), trazendo assim os mesmos resultados quando feita a busca em sua própria ferramenta.
Arquitetura de um plano
Isso faz com que a relevância das palavras inseridas na barra do site seja modificada às custas daquilo que foi buscado no Google, ou seja, às custas de muito trabalho do “outro” site. E se você pensa que essa acusação foi feita sem nenhuma base para provar, está muito enganado.
Aparentemente, a Google já sabe deste fato há mais de um ano e, para provar sua teoria, “implantou” uma prática bastante inteligente: utilizou palavras inexistentes, que não traziam nenhum resultado em ambos os buscadores e criou várias páginas repetidas sobre o assunto, ranqueando-as no Google.
Fonte da imagem: Search Engine Land
A seguir, uma dúzia de funcionários da empresa foram instruídos a usar o IE com as opções de sites sugeridos ou com a toolbar do Bing (que avisam sobre a coleta de informações para melhorar a ferramenta da Microsoft), clicando sempre no primeiro site que ali surgisse.
A Google afirma que em poucos dias o link clicado pelos funcionários, mesmo que o site em questão não tenha nada a ver com a palavra buscada. O teste foi feito com 100 palavras sem sentido, incluindo letras aleatórias como mbrzxpgjys ou hiybbprqag.
O engenheiro do Google, Amit Singhal afirma que “isso é trapaça pois nós trabalhamos incrivelmente pesado agora e por todos esses anos, mas eles apenas chegam lá baseados em nosso próprio trabalho. Eu não sei do que chamar isso a não ser de simples e pura trapaça”.
Fonte da imagem: Search Engine Land
Já a Microsoft respondeu à acusação em uma nota, escrita pelo diretor do Bing, Stefan Weitz, dizendo que o buscador se utiliza de múltiplos sinais e acessos para ranquear seus resultados. O objetivo é melhorar a visualização de resultados com determinada intenção de busca, de forma que as ocorrências encontradas sejam mais relevantes com aquela palavra específica. Para isso, eles usam a barra de ferramentas, que ajudam na hora de selecionar os sites.
Além disso, a empresa ainda afirmou que não copia resultados e esperava que o Google tivesse entrado em contato com a Microsoft antes de acusá-la em público. Já no blog oficial do Google, a empresa comenta que gostaria de competir com outros algoritmos, mais inovadores e não reciclados. É ou não é script digno de Hollywood?