Vendas em favelas estimulam consumo de eletrônicos no Brasil

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(Fonte da imagem: Reprodução/WNews)

Enquanto a economia brasileira parece viver um momento de desaceleração, o setor de eletrônicos segue em alta, atraindo um interesse cada vez maior por parte das multinacionais. A análise do mercado brasileiro foi publicada nesta semana pelo Financial Times, uma das publicações mais importantes do mundo sobre economia.

A explicação para esse fenômeno, segundo os especialistas, está na facilidade de acesso a opções de crédito. A publicação cita como exemplo a favela de Paraisópolis, em São Paulo, que hoje é tida com um dos pontos de maior vendagem de produtos eletrônicos no Brasil. Essa situação transformou o país em uma espécie de “paraíso” para empresas que procuram compensar seu baixo crescimento nos EUA ou na Europa.

Inversão de valores

Diferente do que acontece lá fora, as marcas líderes em vendas no Brasil são a Samsung, a LG e a Nokia, cada uma com 14% do mercado, enquanto Apple e HP atingem apenas 1% dos consumidores. Essa situação, segundo o jornal, é reflexo do protecionismo de mercado imposto pelo governo brasileiro, com altas taxas de importação.

Assim, enquanto a Apple, cujos produtos são em sua maioria importados, tem dificuldades para ampliar seu espaço no mercado brasileiro, Samsung e LG, que possuem fábricas no país há mais de sete anos, acabam sendo beneficiadas.

O Financial Times finaliza a sua análise afirmando que hoje o maior empecilho para o crescimento do setor tecnológico no Brasil é a precariedade da rede de telecomunicações. Empresas como a LG, por exemplo, estão investindo em conteúdos 3D, mas isso acaba tendo pouca importância no país, uma vez que o sinal para os celulares é ruim.

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