PS5, Xbox Series S|X ou Switch: Afinal, quem ganhou esta geração de consoles?

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A atual geração de consoles, que teve início em 2019, enfrenta um cenário desanimador. Apesar do tempo de mercado, ainda faltam exclusivos de peso, muitos lançamentos chegam inacabados ou repletos de microtransações, e os preços dos jogos e hardwares seguem nas alturas. Além disso, a indústria passa por uma onda de demissões em massa e estúdios renomados fecham as portas. Diante disso, muitos jogadores se perguntam: será que essa geração realmente foi bem-sucedida?

Por que será que isso está acontecendo? Onde está a culpa, nas empresas? Nos estúdios? Em nós, o público? No que a próxima geração pode acertar? Aliás, se houver uma próxima geração. Entenda o caso no texto a seguir e veja qual empresa se deu bem no pódio dos consoles!

O que define uma geração?

Antes de começar o assunto, vale perguntar: o que realmente define uma geração de consoles? Não, não é o ano de lançamento, mas sim sua tecnologia e seu avanço de hardware. Aliás, vale lembrar que existem vários tipos de gerações de videogames divididas entre si: tem a geração de portáteis, geração de arcades, geração de pinball… porém, o assunto será sobre a geração de consoles de mesa, onde a principal regra é que eles precisam de um dispositivo de tela para se conectarem.

A primeira geração, que começou com o Odyssey lá em 1972, por exemplo, tinha como principal característica jogos e gráficos extremamente simples, com a maioria sem som ou sequer cor na tela. A segunda geração entra não só o Atari 2600 como também a troca de cartuchos de jogos, já a terceira se inicia a guerra dos bits entre Nintendo e Sega, e por aí vai. Atualmente, estamos na nona geração de consoles desde 2020, porém para quem viveu a geração do PlayStation 1, 2 e a do Xbox 360 percebe que algo nessa geração mudou, e para pior. Mas, o que?

Resident Evil 4: Every Major Character From The Remake Compared To The  Original
Resident Evil 4 (PS2) e Resident Evil 4 Remake (PS5).

Após perguntar na redação do Voxel, recebi diversas respostas: falta de jogos, demora no ciclo de desenvolvimento dos jogos, guerra cultural... motivos plausíveis? Sim, mas acho que esses são apenas alguns agravantes de algo ainda maior: falta de inovação, dinheiro e principalmente mau uso do tempo. Na parte de inovação, nós podemos seguir por dois caminhos: hardware e criatividade.

Inovar (de verdade), pra quê?

A princípio, qual a maior diferença do PlayStation 1 para o PlayStation 2? Talvez você tenha respondido gráficos, jogos maiores, mais narrativas, maior número de jogos lançados, sistema online, alto número de vendas, empréstimo de jogos, franquias e jogos marcantes e por aí vai.

Agora, qual a maior diferença do PlayStation 4 para o PlayStation 5? SSD, resolução, assinaturas, ray-tracing... e os jogos, onde entram nessa parte? Ainda que eles ainda existam, poucos contam com o apoio de grandes indústrias, como foi no passado. Contudo, me refiro mesmo aos grandes jogos que marcam uma geração.

A exemplo deles, temos Pitfall, Super Mario World, Halo, Gran Turismo ou God of War. Cada um desses jogos te leva diretamente ao console X ou Y, mas o que nos leva ao Xbox Series e ao PlayStation 5? Remasters e serviços de assinatura? E é onde saímos da falta de inovação do hardware e entramos na falta de criatividade.

The Best Game Subscription Services That We
Última geração de jogos foi repleta de títulos de jogos como serviço.

A “maior” novidade no lançamento do PlayStation 5 foi Demon’s Souls, que era justamente um remake de um jogo do PlayStation 3. A impressão que dá é de que algumas empresas e estúdios deixaram de focar em boas histórias pra jogar no seguro, evitando dar atenção para jogos menores com grande potencial que talvez não fossem dar lucro, focando apenas em franquias consolidadas, números, orçamentos gigantes e serviços de assinatura, achando que isso iria vender um console.

Além disso, a falta de exclusivos no lançamento também afetou essa atual geração. Alguns jogos como God of War Ragnarok e Gran Turismo 7 saíram ao mesmo tempo para o PS4 e PS5, limitando bastante a sensação de que a “nova geração” tinha começado — criando, assim, um efeito dominó devastador.

Serviço online, algo que ninguém pediu

Se você acompanha notícias de games, tem visto que a cada semana mais e mais demissões em massa tem acontecido por falta de vendas de jogos ou resultados abaixo do esperado, levando as gigantes a tomar medidas desesperadas, tipo aumentar ainda mais o preço de alguns games para terem o retorno esperado.

E é aqui que entra o dinheiro, talvez o maior problema dessa geração. O crescimento de serviços de streaming eventualmente chegaria nos videogames — e chegou, mas sem tanto sucesso. Temos bons serviços como o Game Pass, a PS Plus (numa promoção) e o Switch Online, porém quase 85% deles é composto de jogos antigos.

O que adianta eu ter o melhor console do momento se for para jogar Stardew Valley? Além disso, existiu também a famosa obsessão por jogos como serviço, uma das piores coisas dessa geração. Lembra o que eu falei sobre somente olhar os números? Jim Ryan, o ex-CEO da PlayStation em 2022 anunciou doze jogos como serviço até 2025. 

Sabe quantos desses realmente deram certo? Um. Sabe quantos foram cancelados? Aproximadamente oito. Quatro deles em universos de franquias consolidadas da PlayStation que ninguém pediu. Ah é, e teve a cópia do Overwatch (boa tarde, Concord).

Concord estreou com menos de 700 jogadores na Steam.

Ainda sobre olhar para os números, a Xbox não se safou também não: desde a aquisição bilionária da Activision/Blizzard, cerca de 2.500 pessoas perderam seus empregos e quatro estúdios foram comprados. A Microsoft não costuma revelar o número de vendas de consoles e o lucro do Game Pass, porém alguns acontecimentos recentes nos levam a pensar “será que valeu a pena pagar tanto assim?”. No último Developer Direct, depois de cinco anos da estreia do Series X a Xbox mostrou datas de jogos que irão sair todos não só no mesmo ano, mas também no mesmo semestre, além dos já confirmados até o fim de 2025. Será que faltou um pouco disso nesses anos todos?

Já a Nintendo está presa na geração passada com o Nintendo Switch, lançado lá em 2017. Esse mesmo console que, prestes a completar oito anos de idade, é o terceiro mais vendido do mundo, com mais de 140 milhões de unidades enviadas mundialmente.

Switch não mudou tanto em suas iterações.

Diferente da concorrência, o Switch é um console que aprendeu com o passado, evitando novamente os erros cometidos em um desastre chamado WiiU, direcionando seu foco para o jogador. Não é sobre o melhor hardware, apostar em quinhentos jogos como serviço ou criar um monopólio e não entregar quase nada, mas sim sobre se divertir.

A junção de jogos first-party, o modelo híbrido do console e a facilidade em liberar kits de desenvolvimento para empresas de jogos são só um dos vários motivos que, para mim, levam a Nintendo como vencedora dessa geração.

No meio de uma briga de empresas onde cada golpe levava a um alto número de demissões, entregas desastrosas para o público e preços cada vez mais impraticáveis, sem levar nenhum golpe o pequeno Davi seguiu ileso enquanto dois Golias, com o melhor hardware do mercado, batalhavam entre si.

A zebra que deu certo

Alguns podem até argumentar que o Nintendo Switch possui um hardware defasado e não está no mesmo nível de desempenho do Xbox Series X e do PlayStation 5. Realmente, ele não compete páreo a páreo. Mas será que daqui para a frente será o hardware que irá ditar a diferença de uma geração para outra?

Já existem boatos de que o PlayStation 6 possa chegar em 2027, mas o que realmente vai mudar até lá? O que é importante mudar até lá? Maior ray-tracing, todos os jogos rodando a 8K, número de vendas ou experiências e histórias que iremos nos lembrar daqui alguns anos? Eu não lembro de discutir com meus colegas de classe sobre a potência do PlayStation 2 ou sobre a resolução do Xbox 360, mas sim sobre como era legal jogar ou como era divertido competir entre amigos, sem obrigação de ter que jogar online e pagar (caro) por isso.

Nintendo
Switch 2 deve vender 15 milhões de cópias ainda em 2025.

Espero muito que na próxima geração as empresas olhem menos para números e deem mais atenção para o que o público pede, afinal... somos os consumidores finais. O Nintendo Switch 2 nem foi lançado e a projeção é de 15 milhões de unidades vendidas até o fim de 2025, já saindo de novo na frente das gigantes Sony e Microsoft.

Enquanto a Nintendo não é perfeita, ela ainda deve ter seus méritos reconhecidos quando acerta. E se tratando de entregar uma experiência memorável para o público, o Switch acertou em cheio.

E aí, pra você quem ganhou essa geração? Que nota você daria pro atual momento dos videogames que estamos vivendo? Comente nas redes sociais do Voxel, e não se esqueça de nos seguir!

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