Com um anúncio imponente da CES 2025, a Nvidia revelou a poderosa GeForce RTX 5090. O modelo chega para ser a placa de vídeo mais poderosa do mundo dos computadores domésticos e foca em oferecer mais desempenho para IA e muito mais memória de vídeo, mas o quão diferente essa placa é da sua antecessora, a RTX 4090?
Voltadas para o segmento topo de linha, tanto a RTX 4090 quanto a RTX 5090 são placas tecnicamente muito avançadas e com ênfase em entregar desempenho máximo em games ou aplicações profissionais.
Chips poderosos
Como já era esperado para este anúncio, a GeForce RTX 5090 entrega um chip bem mais parrudo que sua antecessora. Porém, além dos bilhões de transistores, a nova geração acompanha a arquitetura Blackwell, já usada pela Nvidia em aceleradores de IA há alguns meses, enquanto a geração RTX 40 utiliza a arquitetura Ada Lovelace — muito elogiada.
As diferenças aqui se traduzem em aprimoramentos e como a fabricante lapidou esse novo chip. Naturalmente, há um salto geracional bem notário entre os modelos, que iremos explicar em números e porcentagens nos parágrafos seguintes.
A principal maneira de diferenciar ambas as placas é pela contagem de núcleos CUDA, ou seja, a unidade de medida primordial das GeForce. Enquanto a RTX 4090 tem 16.384 dessas unidades, a RTX 5090 catapulta esse valor em 32% ao entregar 21.760 núcleos CUDA otimizados pela nova arquitetura.
Isso não significa, necessariamente, que a 5090 entregará 30% a mais de performance, mas é um claro indicativo de poder do novo silício. O mesmo vale para a contagem de núcleos para Ray Tracing, que saltam de 191 para 318 já na terceira geração desses aceleradores para trabalhar com iluminação realista em games e projetos 3D.
No entanto, o que mais parece impressionar é quando falamos em inteligência artificial. A própria conferência da Nvidia foi totalmente focada nesse quesito e o CEO da companhia, Jensen Huang, anunciou as RTX 50 ao promover o próximo passo das IAs para o futuro.
O que mais chama a atenção é a quantidade de AI TOPS da RTX 5090, ou seja, a unidade de medida usada para mensurar a potência de um chip e em executar tarefas relacionadas com inteligência artificial. A nova GPU tem entre 3.300 TOPS, representando um avanço de 150% contra os 1.321 da geração passada.
Mais memória
Além do chip, a RTX 5090 traz uma característica muito bem-vinda nessa nova era do hardware: as memórias GDDR7. Disponíveis há pouco tempo no mercado, esse novo protocolo trabalha com uma velocidade ainda maior na transmissão de informações e será fundamental para a GPU conseguir desenhar os quadros com mais velocidade.
Para essa placa de vídeo, a Nvidia inseriu 32 GB de VRAM através de uma interface de memória de 512-bit, gerando velocidade de 28 Gbps e largura de banda de 1.792 GB/s. Nessa categoria há novamente incrementos superiores aos 30% em relação à RTX 4090, que tem 24 GB no protocolo GDDR6X com barramento de 384-bit e largura de banda total de 1 TB/s — números ótimos.
Todo esse incremento em memória não é por acaso, visto que a demanda por componentes mais alinhados com a inferência de inteligência artificial demanda certa quantidade de VRAM. Em games essa memória deve ser usada por tecnologias como o DLSS 4 e o Multi Frame Generation, embora pareça algo muito mais idealizado para fluxos de trabalho profissionais.
Desempenho
O tópico mais importante das placas de vídeo é o desempenho, e a Nvidia promete saltos de performance expressivos para a nova geração. Em gráficos divulgados pela companhia, a RTX 5090 tem duas vezes mais desempenho em games como Alan Wake 2, Cyberpunk 2077 e Black Myth Wukong contra a RTX 4090 — este último rodando a incríveis 240 FPS.
Contudo, é preciso ter cautela ao analisar gráficos assim. Todos esses três jogos atingem essa taxa de quadros com auxílio do DLSS 4 e o Multi Frame Generation, por mais que o Ray Tracing também esteja ativado. Assim, essa é uma performance com auxílio de inteligência artificial e não representa o desempenho bruto da GPU, ou seja, rodando nativamente.
Design e construção
Outro fator que chama a atenção na RTX 5090 em relação à RTX 4090 é o tamanho. Por mais que mantenha o comprimento da antecessora, a Nvidia conseguiu reduzir a espessura da placa de vídeo ao ponto de torná-la um modelo de dois slots, bem mais fino.
Com 304 mm (C) e 137 mm (L), o novo modelo Founders Edition teve uma repaginada de visual e parece mais minimalista, sem o aspecto bruto presente na geração passada. Uma mudança importante é no conector de energia, que agora está na posição angulada para evitar encaixes errados por parte do usuário.
Consumo de energia
A RTX 4090 causou polêmica em seu lançamento ao exigir que os usuários tivessem fontes de energia de 850W para utilizar a GPU. Com a RTX 5090 as coisas são ainda mais complexas, visto que a placa aumenta o consumo energético em 27%, puxando 575W da tomada. Dessa forma, a Nvidia sugere que o produto seja combinado com fontes que tenham, pelo menos, 1.000W de potência.
Disponibilidade
A GeForce RTX 5090 chega ao mercado em 30 de janeiro, mas o preço é a grande questão do momento. O modelo custará US$ 1.999 na versão Founders Edition, gerando um aumento de 25% em relação aos US$ 1.599 cobrados na RTX 4090 durante o lançamento da placa.
No Brasil, a Nvidia informa que o preço sugerido da RTX 5090 será de até R$ 20 mil, mas este valor pode mudar por conta da variação do dólar e condições especiais em grandes varejistas. O mercado nacional terá a GPU com preços 33% mais altos que os R$ 14.999 sugeridos para a RTX 4090 em 2022.
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